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Enviada em: 18/01/2019

"As mil faces de Ariadne"  Vladimir em sua obra mais polêmica titulada "Lolita" narra a mente de um homem de meia idade subitamente apaixonado por uma criança de 10 anos. A narrativa expõe as consequências de tal união precoce na vida de uma garota. Assim como na obra, as personagens da vida real são seriamente marcadas por ter sua fase infantil tomada. Infelizmente grande parte disso deve-se a nossa cultura que dita o papel dado à mulher na sociedade.   No mundo tanto ocidental quanto oriental, o papel da mulher sempre foi algo muito opressivo como por exemplo Rousseau em "Emílio" propôs como educar os jovens em sua utopia. Enquanto os homens aprenderiam educação básica, as mulheres deveriam aprender a servir os seus maridos. Isso aponta bem o tipo de comportamento imposto ao sexo feminino. Por muito tempo a ideia que as mulher tem a mesma capacidade intelectual que o homem era um completo absurdo "A mulher pode ser vista como um homem inferior", frase dita pelo filósofo Aristóteles que confirma essa tradição. Elas não são vistas como donas do próprio corpo ou de seus desejos, apenas como objeto de satisfação e reprodução, uma figura sempre passiva e frágil e dependente.  Além da total falta de visibilidade feminina, tem-se claras consequências físicas e mentais causadas, como visto no primeiro texto acima, as moças são boas vítimas em potencial de um relacionamento abusivo, consequentemente alvos de violência no lar tanto direta e indiretamente: esta forçando a parceira a ter relações sexuais contra a vontade e com ofensas verbais; enquanto aquela por meio de socos, chutes e todo tipo de assédio corporal.  Sabendo disso, o casamento infantil é extremamente prejudicial às jovens, por isso cabe ao governo manter as leis contra esse tipo de união tóxica e não permitir impunidade aos casos. Além disso, é preciso de financiamento público e privado cada vez mais por todos os meios de comunicação, histórias com protagonistas e personagens mulheres fortes e independentes, porque ao fazer isso combate-se a nossa cultura que inferioriza a figura da mulher. Também dentro dessas narrativas, há uma boa oportunidade de expor os problemas de relacionamentos opressores. Essa representatividade gradualmente inspirará as jovens tornando-as menos submissas e aos poucos, a figura da mulher na sociedade não será mais de submissão, mas sim de força e poder.