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Enviada em: 07/03/2019

No seriado americano "Game of Thrones", a personagem Sansa Stark, logo após entrar na puberdade, é prometida em casamento ao príncipe Jofrey, um rapaz sanguinário que havia mandado matar seu pai. Infelizmente, o casamento infantil transpassa as telas do cinema e ainda é uma realidade da sociedade contemporânea, tornando-se um problema não só pela diminuição da qualidade de vida das mulheres, mas também pela perpetuação do machismo cultural. É necessário, portanto, que subterfúgios sejam encontrados afim de resolver essa inercial problemática.      A priori, é necessário se ater ao fato de que o desenvolvimento psicossocial é um processo demorado, e que traumas, como um casamento forçado, podem trazer problemas como depressão e ansiedade. Além disso, muitas garotas se casam antes de completar os 14 anos, idade em que não houve ainda uma maturação do corpo feminino, tornando qualquer eventual gravidez um risco para a garota e para o feto. Por conseguinte, a violência física e psicológica é mais comum nesse tipo de casamento, visto que, na maioria das vezes, a mulher se casa com um homem muito mais velho, ficando dependente emocional e financeiramente, muitas vezes não podendo se livrar das amarras da relação pelo medo do julgamento da sociedade.        Indubitavelmente, a questão cultural é crítica para a manutenção do problema. Segundo o psicanalista Sigmunt Freud, a maior parte das ações do ser humano pode ser interpretada à luz do desejo sexual. Seguindo essa linha de pensamento, entende-se que o fim para um casamento infantil é, muitas vezes, a necessidade do homem de ter uma parceira mais jovem para manter relações sexuais, constituir prole e ser lhe ser submissa. Tal fato está enraizado numa questão cultural, isso se nota, por exemplo, em países onde predomina a religião islâmica, onde é comum a poligamia e o casamento infantil. Porém, países subdesenvolvidos, como o Brasil, ainda é visto com normalidade o casamento de adolescentes entre 16 e 18 anos, muitas vezes em busca de liberdade e da saída da tutelas dos pais.