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Enviada em: 19/02/2019

Historicamente, o casamento infantil se demonstrou de fácil apoio por povos de diversas épocas e culturas. Desde a Grécia antiga, esse paradigma pode ser destacado, onde meninos e meninas se casavam antes mesmo dos 18 anos. Outrossim, esse problema perdura até os dias vigentes, haja vista as causas existentes em nossa sociedade, que acarreta no agravamento dessa situação, como leis que possuem falhas dentre seus requisitos para o matrimônio precoce, até cenários familiares.      É indubitável que a lei seja vista como base para diversas práticas, sejam elas benéficas ou maléficas, no que tange o uso da mesma para justificar o casório entre uma pessoa adulta e uma de menor, uma vez que a legislação permita que pessoas de até 16 anos casem, com o consentimento dos pais. Além da permissão do casamento antecipadamente, caso haja a gravidez, denotando o apoio até mesmo legítimo para tais ações. Isso acarreta em uma piora no contexto atual, onde o Brasil ocupa o quarto lugar dentre os países com maior número de casamentos imaturos forçados.   Não obstante, o apoio familiar para essa prática pode ser justificado, em determinados locais, pelos costumes oriundos de uma cultura machista, que visa a união com uma adolescente, como forma de se afirmar como dominante no cenário. Essa atividade acaba sendo passada de forma vertical para as filhas originadas desses casamentos. É notório os problemas gerados por esse quadro, de maneira que, meninas que se casam com menos de 18 anos, representam 14% menos dentro do cenário escolar secundário, e 21% menor no âmbito empresarial, segundo dados da UNICEF.   Para a resolução de tais problemas, é de suma importância que a família, juntamente com a sociedade, ajude no auxílio à essas meninas e meninos que sofrem diariamente com abusos e dificuldades. Através de diálogo entre a comunidade, de forma pacífica e democrática, chegaríamos à uma solução com a finalidade de melhorar o rank do Brasil frente ao mundo.