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Enviada em: 13/03/2019

Em “As Crônicas de Gelo e Fogo”, do autor George R.R. Martin, é apresentado um enredo que engloba uma disputa pelo trono de um reino, em tempos remotos, envolvendo alianças por meio de casamento entre crianças, entre as famílias mais poderosas. No entanto, tal prática ainda é comum fora da ficção, terminando de forma abrupta a infância de muitas meninas e privando-as de seus direitos.     Nesse contexto, de acordo com a ONG “Save the Children”, a cada 7 segundos uma garota com menos de 15 anos se casa no mundo. Essas meninas são vendidas, pela própria família, a maridos que chegam a ser até 50 anos mais velhos, na esperança de que melhorem suas condições financeiras. Assim, essas jovens perdem a oportunidade de estudar e viver experiências que são próprias de sua idade.     Ademais, por serem muito jovens, o corpo pode não sustentar uma gravidez. Assim, é normal as meninas sofrerem de abortos espontâneos, que não são compreendidos por seus maridos, que por vezes as agridem. Dessa forma, as garotas acabam sofrendo desde cedo com a violência doméstica e, em alguns casos, chegam a perder suas vidas, configurando casos de feminicídio.      Portanto, tem-se que o casamento infantil destrói a infância de muitas meninas, privando-as de seus direitos, como a educação e até a vida. Dessa maneira, cabe ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizar campanhas de conscientização nos países com maiores índices desse caso, por meio de documentários e palestras que alertem familiares aos riscos dessa prática, com presença de profissionais que abordem as consequências psicológicas nas adolescentes, a fim de que esses casos fiquem cada vez mais restritos à literatura.