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Enviada em: 11/04/2019

"Liberdade! Onde você está? Pois eu também preciso de liberdade." Esse trecho traduzido da música "Freedon" (liberdade, em português) da cantora norte americana Beyoncé, expressa o pensamento de milhares de meninas vítimas do casamento infantil no século XXI. Em apoio ao Dia Internacional da Menina, declarado pela ONU (Organização das Nações Unidas), a artista lançou um clipe musical, com garotas de diversos países dublando a canção em um gesto de empoderamento feminino, como forma de conscientizar e promover o direito dessas crianças. Entretanto, apesar do certo reconhecimento à nível global, a prática do matrimônio infantil, especialmente do sexo feminino, persiste, sob aspectos sociais e religiosos, e tem  prejudicado a segurança de inúmeros infantes. Dentre os motivos ligados a essa realidade, destacam-se: o radicalismo religioso e a gravidez precoce. Desse modo, são necessárias medidas que garantam o bem-estar da coletividade infantil na contemporaneidade.     Primeiramente, no que diz respeito ao fundamentalismo religioso, destaca-se a ação de grupos terroristas. O Boko Haram, por exemplo, atua no norte da Nigéria e tem como objetivo a formação de um Estado Islâmico no país. Porém, essa entidade utiliza formas extremamente violentas para com seus prisioneiros, que são em sua maioria meninas. Isso porque eles se opõem à educação ocidental, justificando que ela corrompe os costumes muçulmanos, sobretudo das garotas. Uma das formas de violência contra as vítimas é o forçamento ao casamento com um de seus torturadores, e elas, para se livrarem dos estupros, se submetem ao cenário do casamento infantil. Dessa forma, essas crianças têm todos os seus direitos perdidos e tornam-se praticamente produtos, sem autonomia.       Ademas, a gestação antecipada agrava essa situação. Alguns países, como o Brasil, apresentam altos índices de gravidez na adolescência  e por isso, muitas adolescentes se casam para terem melhores condições de criarem os bebês.  Esse fato, contudo, envolve características sociais muito comuns na sociedade brasileira, que se configura na falta de diálogo entre pais e filhos em relação a esse assunto. As gestantes, então, têm sua liberdade destruída a partir do momento que se unem em matrimônio e constituem uma família sem estarem preparadas para isso.       Logo, são necessárias alternativas para a resolução dessa problemática. A priori, é preciso que a ONU, em parceria com a INTERPOL ( Organização Internacional de Polícia Criminal), se organize contra ações terroristas que violam os direitos das meninas. Nesse caso, investigações nas áreas de atuação desses grupos são imprescindíveis, com o fito de efetuarem mandatos de prisão e, por conseguinte, libertarem as vítimas. A posteriori, é importante que os pais alertem suas filhas sobre os perigos da gestação precoce e sobre a responsabilidade que exige um matrimônio.