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Enviada em: 23/05/2017

A cada dia, pelo menos 20 crianças de até nove anos de idade são atendidas nos hospitais, após terem sido vítimas de violência sexual. Neste contexto a ausência de educação sexual e a cultura do estupro dificultam o combate à pedofilia. Como resultado, ela não é combatida e o número de casos permanece alto, o que leva a traumas físicos e psicológicos - como depressão.    Por certo, a cultura do estupro leva as vítimas deixarem de denunciar, pois a culpa pode ser atribuída a quem sofreu a agressão. Como exemplo, o deputado Jair Bolsonaro disse a uma deputada que não estupra-a porque ela não merece. Logo, nota-se que muitos indivíduos agredidos têm medo de denunciar e serem julgados. Com isso, eles não têm tratamento adequado para tratar os males causados pelo agressor, que podem ser mentais e físicos - como doenças sexualmente transmissíveis. Neste âmbito as novas gerações que crescem inseridos nesta cultura desenvolvem o mesmo pensamento sobre a culpa dos abusos sexuais. Desta forma, elas deixam de denunciar casos de pedofilia sofridos por medo do agressor e da reação da sociedade.    Além disso, muitos casos ocorrem pela dificuldade da família em perceber os abusos e por crianças  pequenas, não raramente, desconhecerem o que é assédio. Para ilustrar, segundo o psiquiatra Daniel Barros, quando um parente é o agressor, a mulher resiste em denunciá-lo por ter dificuldade em aceitar a ideia de que não protegeu o filho e de que ama alguém capaz de cometer um crime como esse. Deste modo, pessoas próximas à família podem ser abusadores. Ademais, devido a falta de educação sexual e diálogo com os pais, crianças pequenas podem sofrer violência, como ter as partes íntimas tocadas, sem relatar aos pais, já que não sabem da gravidade do problema.     Portanto, com intuito de combater a pedofilia, a sociedade deve ser conscientizada. Para isso, Ong's, em parceria com as mídias, devem mostrar a população que a culpa dos estupros e assédios nunca é da vítima. Para isso, devem ser organizadas propagandas explicativas e palestras nas comunidades, lideradas por psicólogos, que atentem sobre a importância de apoiar as vítimas e denunciar.  Simultaneamente, as escolas devem promover a educação sexual das crianças, mostrando tanto o tipo de conduta que é abusiva quanto a importância de falar aos pais sobre isso. Por fim, as creches e escolas também devem fazer palestras e discussões voltadas às famílias sobre a necessidade de diálogo com os filhos sobre os assuntos mencionados. Assim sendo, o combate à pedofilia será mais efetivo, o que reduzirá os episódios de abuso e levará à punição dos culpados.