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Enviada em: 30/04/2017

Em meio à crise político-econômica que assola o país, um aspecto moral vem sendo deixado de fora das prioridades: a pedofilia. Esse ato inaceitável e tão devastador às crianças precisa encontrar espaço nas pautas de análise e combate que fazem do Brasil um lugar obscuro para viver.           É preciso compreender, em primeiro lugar, o principal problema que dificulta a denúncia pelo infante: o medo - muitas vezes acompanhado pelo apego. De fato, a criança, na maioria dos casos, enfrenta um turbilhão de sentimentos que a confundem. Um clássico exemplo, é a denominada Síndrome de Estocolmo, em que a vítima apega-se ao seu malfeitor. Dessa maneira, cresce a dificuldade em identificar o abuso. Todavia, outro ponto contribui para árdua tarefa de por um fim nessa barbaridade.            Um dos principais obstáculos ao combate da pedofilia é a falha na comunicação. Isso se evidencia na ausência de facilidade que muitos pais possuem em conversar com os filhos. É claro que a identificação de mudanças comportamentais, às vezes, é obtida sem a necessidade do uso da fala, porém o ato de comunicar-se constantemente com a criança é um fator de extrema importância ao considerar que pode interromper mais cedo a continuidade do crime.            Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolução desse impasse. Para isso, as escolas primárias poderiam criar uma rotina semanal de avaliação psicológica com os alunos, para aumentar a identificação dos casos. Juntamente, a família precisa ficar sempre alerta quanto à questão de comunicação. No mais, o Governo deveria criar programas de auxílio às famílias que enfrentaram essa situação, principalmente para restaurar o aspecto psicológico da criança. Assim, um Brasil livre do abuso infantil poderá ser mais uma vitória que torna esse país melhor.