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Enviada em: 01/05/2017

Em Lolita, de Vladimir Nabokov, é narrada a história de um professor e futuro padrasto de uma criança de 12 anos de idade, com quem ele abusará sexualmente no decorrer da trama. O livro trata de um assunto bastante recorrente desde aquela época: a pedofilia. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 20 crianças sofrem abuso sexual por dia no país, um dado bastante alarmante ao qual pode-se apontar como principal causa o deficitário acompanhamento e observação dados nas escolas.     Segundo o Ministério da Educação, mais de 94% da população de crianças e jovens em idade escolar estão matriculadas em escolas da rede pública e particular de ensino. Desta forma, e sabendo que é nesse ambiente que o ser passa a maior parte de seu tempo, é notório que tal estabelecimento deva ter a responsabilidade de tratar dos males que afligem tais estudantes por meio de um acompanhamento psicológico adequado que abranja tanto as famílias quanto os próprios alunos.              Diante disso, surge a necessidade de criar setores especializados no acompanhamento  individualizado do aluno para essas instituições de ensino. Conforme diversos psicólogos, é possível observar que a criança sofre esse tipo de violência a partir do momento em que há uma mudança brusca em seu comportamento, seja do ponto de vista disciplinar (atitudes violentas) ou do ponto de vista acadêmico (queda constante de notas). Assim sendo, o Ministério da Educação deve instituir a criação de um programa que abranja a realização de denúncias com base nessas noções.      O programa funcionará da seguinte forma: ao final de cada aula, o professor deverá emitir um relatório de cada aluno elencando os fatores acadêmicos e disciplinares já citados, a partir daí os dados irão a um local que faça a sua análise e apuração com especialistas da área, verificando se tais informações são compatíveis com abuso sexual infantil. Após confirmada a relação, um psicólogo será enviado ao estabelecimento de ensino e conversa-rá com a criança suspeita de sofrer pedofilia e posteriormente conversará com os pais, a fim de descobrir quem é o agressor. Após descoberto, o caso será enviado aos conselhos tutelares e à vara criminal especializada em violência infantil.      Além disso, como se percebe que é o professor quem tem o maior contato com o aluno, é necessário que ele seja também capacitado com profissionais especializados na área para identificar a possibilidade de seus alunos estarem sofrendo abuso sexual. Posto isso, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente deve criar um calendário especial com palestras de cunho conscientizador aos educadores, visando a reforçar o seu papel em ajudar os seus alunos e descobrir o que fazer e como fazer caso algum caso seja suspeito. Diante de tudo isso, o papel da escola será reforçado e, sobretudo, a justiça dos mais inocentes será afirmada.