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Enviada em: 01/05/2017

Pedofilia no Brasil: O Inimigo Invisível     A prática efetiva de atos sexuais com crianças é uma forma doentia de satisfação sexual. Pedófilos são, geralmente, pessoas do convívio diário da criança e não possuem características únicas que possam diferenciar dos demais. Por não terem o juízo de que ela é dona do próprio corpo, o medo em expor tais abusos são recorrentes entre os jovens.    Dentre as denúncias recebidas no Disk 100, portal dos Direitos Humanos, cerca de 80.000 delas são sobre abuso infantil e exploração sexual. Em sua maioria, a faixa etária em que ocorre tais abusos são duas: entre 8 e 9 anos e 15 e 16. Os relatos, quando evidenciados, tratam temáticas semelhantes: o tempo em que foi abusada e a possibilidade de uma gravidez indesejada aliada ao possível contágio de DST´s. O tabu existente acerca da mulher objeto retrata históricos de uma sociedade machista que não age como agente de proteção para com essas crianças.   Além disso, a ausência de orientação sexual familiar retrata uma educação que carece. Sem os pilares essenciais no âmbito doméstico, a busca por tais informações são encontradas na internet, sem o devido filtro do conteúdo. Aliado a isso, a erotização precoce é facilitada pela cultura pornográfica, que não poupa adjetivos e palavras de baixo calão em suas letras. A ausência de um olhar crítico e uma assessoria integrada  entre os 3 setores sociais: sociedade civil, setor privado e governo favorecem a prática da pedofilia.     Diante dos dados aqui apresentados, é notório que a maioria dos casos de abuso e exploração sexual não são devidamente denunciados. Tendo em vista a ausência de uma pessoa de confiança para a criança relatar tais problemas, a ação efetiva por parte do Governo Federal através do Conselho Tutelar Municipal deve observar as crianças nas escolas. Além disso, o setor privado, quando responsável por grandes obras, deve orientar os funcionários e mobilizar a sociedade, que deve atuar como agente de fiscalização.