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Enviada em: 18/05/2017

Agressões sexuais contra crianças e adolescentes apontam uma patologia social de difícil combate no Brasil. A inocência, o medo, o tabu e até mesmo o sentimento de culpa da vítima tornam o problema ainda mais complexo, dado o fato que muitos desses crimes não são denunciados. Por isso, é preciso reflexão, debate e muito trabalho por parte de diversos setores da sociedade civil para combater a pedofilia.    O primeiro passo é observar o comportamento das crianças nas escolas e no ambiente familiar. As vítimas de abusos sexuais tendem a mudar abruptamente seus hábitos, tornando-se mais introvertidas e menos ativas. Entender as crianças é primordial, pois a linguagem corporal traduz o que nem sempre é dito expressamente. Portanto, um trabalho conjunto entre pedagogos, psicólogos e educadores é extremamente necessário para identificar esses abusos.   Dado o fato que 70% dos algozes são pessoas próximas da criança, faz-se necessário um policiamento que desafia os pais. As campanhas publicitárias tem esse viés conscientizador: a vítima não está plenamente segura sequer dentro de sua casa. Inserindo essa lógica na era digital em que vivemos, percebe-se também a necessidade de vigilância ao conteúdo que as crianças e adolescentes tem acesso através da internet. Essas conexões cada vez mais precoces tornam os jovens mais vulneráveis e expostos ao risco de abusos. Ter ciência da linha (muita vezes tênue) entre carinho e assédio se torna uma das tarefas parentais fundamentais para proteger a integridade infantil.    Fica claro, enfim, que as esferas que compõe a vida das crianças e adolescentes do país devem ser conscientizadas e preparadas para lidar com a questão da pedofilia no Brasil. A conexão entre essas esferas é extremamente importante para criar um núcleo de proteção e acolhimento às potencias vítimas. Tal conexão deve estar embasada em um Estado com leis penais mais severas e intervenções mais diretas na vida dessas famílias, para assim reduzir o enorme número destes crimes perversos.