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Enviada em: 04/05/2017

No livro “Lolita”, de Vladimir Nabokov, encontramos uma trama importuna: Humbert, um homem de meia-idade, sente-se atraído por Lolita, uma garota de 12 anos. Apesar de ser uma obra fictícia, esse enredo denuncia a realidade silenciosa vivenciada por muitos jovens e pedófilos. Infelizmente, a pedofilia é uma atividade que, com o avanço tecnológico, encontrou no meio virtual uma forma de se difundir.     A pedofilia pode encontrar-se fortemente enraizada em um meio social, como no caso do Islã, onde veem em Maomé, profeta que chegou a ser casado com uma jovem de 9 anos, um modelo a ser seguido. No Brasil, entretanto, não existe uma influência cultural por trás dessa atividade imprópria. Contudo, o elevado número de casos traz vítimas que, com o desenvolvimento de trauma, tornam-se adultos frustrados que desenvolvem transtornos como ansiedade, timidez e depressão. Logo, crianças que vivenciaram esse choque emocional tendem a alterar seu modo de pensar e se relacionar, necessitando, assim, de um acompanhamento psicológico que na maior parte dos casos não é dado.       Em 2008 entrou em vigor o Art. 240 e 241 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que criminaliza condutas relacionadas à pedofilia na internet. No entanto, apesar de haver a lei de proteção, a polícia encontra dificuldades em investigar suspeitos, pois, no Brasil, os provedores só abrem dados de seus clientes com mandato judicial. A situação é então agravada quando sites brasileiros migram para o exterior, pois, a partir desse ponto, faz-se necessário o uso de carta rogatória, instrumento esse reconhecido pela demora de processamento. Necessita-se, portanto, da criação de uma unidade internacional especializada em pedofilia, que traz à cada país membro, a obrigação de contribuir com dados para investigações, agilizando, assim, a apuração do caso.    Ademais, para o Brasil é indispensável que o Estado gere uma regulamentação voltada a dar acesso aos dados de suspeitos com fortes condutas pertinentes à pedofilia. Do mesmo modo, este deve investir em ONGs que trabalhem a assistência psicológica de vítimas. E, conjuntamente, meios de comunicação devem contribuir com campanhas educativas transmitidas em novelas, minisséries e/ou programas de auditório.