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Enviada em: 02/06/2017

O avanço tecnológico, midiático e social vem conduzindo a uma era de respostas, soluções e inovações; entretanto, também se traz problemas ainda sem resultados e pertinentemente consistentes em todo o cenário brasileiro, o que é o caso da pedofilia, a violação da integridade infanto-juvenil ora por pornografia, ora por abusos sexuais.  Segundo a Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa), entre os casos de abusos, apenas 20% das vítimas são do sexo masculino, enquanto 80% são do sexo feminino; o que ratifica a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em que meninas e mulheres de até 18 anos devem sofrer algum tipo de violência sexual no mundo.  Hodiernamente, o anonimato que a internet possibilita através de salas de conversação de sites de relacionamento, de redes sociais e o uso destas ferramentas por crianças sem a supervisão dos pais, torna-se este meio, um centro ''agradável'' para a pedofilia se difundir, uma vez que opressores escolhem por vítimas emocionalmente carentes e sem acompanhamento de responsáveis, o que torna mais fácil ganhar a confiança e a intimidade destes menores até tal ato acontecer.  Uma vez violado a integridade física e emocional, é através do medo, vergonha e receios que se cria um pacto de silêncio do ocorrido, o que contribui para uma perpetuação de distintos efeitos na vida da vítima, como tentativas de suicídio acompanhado de quadros depressivos, do consumo de drogas e álcool, do isolamento social e até mesmo da possibilidade dessas vitimas se tornarem um(a) futuro(a) agressor.  Destarte, é necessário em primeiro plano que se firme uma aliança entre pais e escolas, onde no trabalho em conjunto possam clarificar crianças e adolescentes sobre o que é, como a pedofilia pode acontecer e como deve combatê-la através do diálogo e da denúncia sobre o ocorrido. Para mais, é indispensável o papel social em se atentar sobre atitudes de supostas vitimas e pedófilos, assim como o papel de responsáveis em acompanhar por onde os filhos navegam e conversam no meio digital. E, diante de um ato ocorrido, é inegável a importante e múltipla participação do Ministério da Saúde e da Justiça no acompanhamento psicológico de vítimas e agressores, sendo a pedofilia posicionada tanto como um crime que a pena deve efetivamente ser cumprida, bem como uma doença que precisa ser devidamente cuidada. Assim, tal prática hedionda será concretamente combatida na nova era social brasileira.