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Enviada em: 02/06/2017

Pedofilia: Real ou Virtual?       Pedofilia. Etimologicamente essa palavra surge da união de “pedo” (criança) mais “filia” (atração). No campo semântico, pedofilia refere-se à atração sexual de qualquer indivíduo por crianças, sendo um tema extremamente relevante na contemporaneidade, devido às proporções alcançadas. Diante disso, apesar do abuso contra menores ser uma marca do passado brasileiro, sua resolução está longe de ser atingida e, dessa forma, é necessário analisar e discutir suas causas, afim de que sejam combatidas.       Primeiramente, vale ressaltar a relação entre mídia e pedofilia. A partir do anos 90, o fenômeno da globalização levou a diversos lugares os avanços tecnológicos, principalmente os ligados à comunicação. Apesar dos benefícios desse processo, a grande facilidade do contato interpessoal tem gerado sérios problemas sociais, como o aumento da pedofilia. Dessa forma, a fragilidade da sociedade perante ao entendimento dos riscos virtuais, acaba por expor demasiadamente as crianças que , por descuido ou negligência da família, torna-se um alvo fácil para atuação de maníacos pedófilos, sendo, muitas vezes, atraídas e submetidas aos abusos.      Além dos riscos virtuais, um outro aspecto a ser enfatizado é a falha na ressocialização do detento que abusou de menores. Segundo o DNP (Departamento Nacional Penitenciário), o índice de reincidência nos presídios comuns chega a 70%. A partir desse dado, é possível inferir que grande parte dos detentos não passaram por um tratamento psiquiátrico e por medidas socioeducativas, voltando à sociedade da mesma forma que entraram. Dessa forma, pedófilos que cumpriram sua pena estão novamente aptos a cometerem o mesmo crime, visto que a pedofilia é um distúrbio mental e requer um acompanhamento profissional. Dessa forma, o combate efetivo contra a pedofilia não é feito.      Diante disso, fica claro , portanto, que a pedofilia pode ser combatida desde o ramo da tecnologia até no âmbito do sistema prisional brasileiro. Assim, a integração entre escola e família se faz necessária, sendo que por meio de palestras e reuniões os familiares sejam orientados sobre os perigos da internet, criando, dessa forma, restrições ao livre acesso dos filhos e promovendo conversas para que eles entendam os riscos à exposição virtual. Além disso, a maior atuação do Ministério da Educação e da Saúde nos presídios, por meio da inserção efetiva de medidas socioeducativas, juntamente com profissionais da saúde, como psicólogos e psiquiatras, possibilitaria o retorno do detento à sociedade, minimizando as chances de cometer novamente o abuso contra menores. Assim, medidas como essas seriam um primeiro passo para o combate à pedofilia no Brasil.