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Enviada em: 04/06/2017

Muito se discute acerca do impacto da pedofilia na sociedade. Na Idade Média, entre as famílias mais tradicionais e poderosas, o incesto, sexo com pais e irmãos, era uma prática quase corriqueira. Para evitar que a linhagem sanguínea fosse modificada, os “poderosos” optavam pela procriação entre familiares. Já na era contemporânea, entretanto, tal ação é vista como crime, uma vez que a violência e o abuso estão presentes e as sequelas que as vítimas adquirem são sérias e as deixam paranóicas, como o pavor a agressões e a mania exagerada de limpeza. A partir desse contexto, cabe entender as principais motivações da pedofilia atual, bem como os efeitos de tal problemática no Brasil.            A priori, é fundamental pontuar que pedofilia é uma condição psicológica, provavelmente incurável, para a qual ainda há poucas alternativas de tratamento. É, em resumo, uma espécie de orientação sexual com preferência etária, que possuí, claro, as mais severas implicações éticas. Nesse contexto, os pedófilos são distantes de adultos e de acordo com a psicóloga Judith Becker, especialista em tratamento de pedófilos da Universidade do Arizona, afirmou ao Daily Beast que parte da solução para o problema é justamente aumentar a aproximação com outros adultos. Como resultado, apesar de não ser uma escolha, tal ato tem que ser atenuado para o bem das próprias crianças e adolescentes.            A posteriori, é indispensável destacar, ainda, que só uma parcela minúscula dos crimes sexuais contra crianças chega às autoridades. Isso decorre da falta de confissão por parte das vitimas abusadas sexualmente. Em vista disso, nos EUA, o Centro Nacional de Vítimas de Crimes calcula que 1 a cada 5 meninas e 1 a cada 20 meninos já tenham sofrido alguma forma de abuso sexual, um valor muito inferior ao registrado pelas autoridades criminais. Por conseguinte, na maior parte das vezes, a pedofilia se manifesta em formas de abuso menos perceptíveis e dos casos desconhecidos grande parcela destes faz parte do núcleo familiar.            Fica evidente, portanto, que a pedofilia não é uma escolha do indivíduo mas precisa ser combatido pela sociedade. A fim de que essa situação seja revertida, o Executivo Federal, por meio do Ministério da Saúde, deve promover campanhas destinadas a esses infratores, distribuindo medicamentos que reduzam o nível de testosterona do corpo, além de antidepressivos e sessões de terapias com médicos especializados no caso. Ademais, as escolas devem promover palestras e aulas abordando a estrutura humana e o sexo, fazendo com que os alunos percebam que são donos do seu corpo e saibam se comportar em certas situações. Em síntese, a integração e aceitação dos pedófilos na sociedade, com intuito de tratamento, é importante para que esses estabeleçam relações com outros adultos e, consequentemente, diminua seu isolamento.