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Enviada em: 30/05/2017

A violação infantil, muito mais que abuso, números e índices.    Atualmente, o abuso sexual é tratado como mais um índice entre estados brasileiros, dentre tantos outros parâmetros e avaliações, quesitos de cunho comparativo e temporal; no qual, o combate é a redução de seus números, não através de seu real motivo, o tratamento do abusador, uma vez que independente de gênero, este indivíduo possivelmente também fora vítima, negligenciado na infância ou no transcorrer de seu desenvolvimento quanto pessoa.    O pedófilo, poder-se-á, tratar-se de um personagem familiar ou de ligação próxima, portanto, o assunto é "resolvido em casa", encontrando culpados como a mídia, sexualidade intrínseca ao Homem, entre outros motivos, naturalizando o ato, entendendo-se que fora criado um espaço de confiança entre a vítima e o abusador e que não passou de um fato isolado.   A criação de uma política pública e ampla, que possibilite o acompanhamento das famílias (com registros de nascidos vivos e amamentados), propiciaria, independentemente de quaisquer quesito de distinção social, uma vez que, a existência de abusadores não se distingue por segregação de massas criada pelas sociedades, ação preventiva ao abuso sexual, através de acompanhamento psicológico, por meio de testes de comportamento a fim de identificar os integrantes familiares com doenças e, ou transtornos mentais como a pedofilia.  Assim, o indivíduo identificado seria assistido psicológica e farmacologicamente (caso necessário) para que haja um controle deste perfil próximo ao seu objeto de desejo, a criança. Portanto, não há combate sem que a causa seja devidamente identificada; desse pressuposto, reduzir-se-ia abusos, em se tratando do atendimento àquele agente primário, sabido que fora possivelmente violado e teve sua visão de mundo e de si distorcidos e fez parte de números e índices de algum parâmetro de violência, sendo este é um passo para o rompimento de um ciclo.