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Enviada em: 01/06/2017

No livro de Vladimir Nabokov, “Lolita”, encontra-se uma trama importuna: Humbert, um homem de meia-idade, sente-se atraído por Lolita, uma garota de 12 anos. Nesse contexto, apesar de ser uma obra fictícia, denuncia a realidade silenciosa vivenciada por muitos jovens no Brasil. Nesse sentido, o aspecto mais relevante para que isso aconteça é principalmente de um legado histórico.             É primordial ressaltar que no Brasil, desde os primeiros momentos da colonização, havia por trás dos discursos dos jesuítas a respeito de pureza, inocência e virgindade, às práticas como a pedofilia e abuso de crianças. Logo, é válido analisar que ainda no século XXI ocorre abusos frequentemente, no qual pode-se notar que, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a maioria dos casos acontece dentro de casa e com o abusador sendo da família, e também abrangendo casos ocorridos na internet. A tal realidade demonstra que a pedofilia promove impactos de grandes proporções em crianças e adolescentes.             Em decorrência disso, de acordo com o ministério da saúde, pelo menos 20 crianças de 0 á 9 anos são atendidas nos hospitais do SUS, a cada dia, após terem sido vítimas de violência sexual. Porém, ainda há um pacto de silêncio das vitimas, tornando-se assim, a pedofilia um crime invisível. E com isso, consequentemente levando as crianças e os adolescentes não só terem impactos psicológicos, mas também levando a prostituição e o aumento da pornografia infantil.             Diante dos fatos mencionados, faz-se necessário desenvolver mecanismos para erradicar a pedofilia no Brasil, o que pode ser feito através da mídia, juntamente com ONGs, atuando frente a projetos como campanhas informativas, que visem difundir canais de denúncias como o disque 100 e delegacias da criança e do adolescente; através da parceria entre escola e professor que busquem, através da criação de disciplinas como educação sexual, afim de debater e informar  os alunos sobre como identificar um abuso; e por fim, com ajuda dos pais e familiares a, fiscalizar os celulares dos filhos, proteger escutando-o e dar o apoio necessário.