Materiais:
Enviada em: 09/06/2017

Sórdido e intolerável. São as palavras que melhor caracterizam a pedofilia. Tal situação refere-se à um transtorno psicológico em que a pessoa sente atração sexual por crianças e jovens. Nesse contexto, o ato libidinoso tem impactos imensuráveis no âmbito psicossocial e emocional das vítimas demonstrando a importância do combate a esse crime. Diante disso, deve-se analisar como a inaptidão da sociedade e a negligência poder público contribuem para tal problemática.     De fato, a inaptidão da sociedade em reconhecer uma possível vítima de pedofilia é o principal responsável pela perpetuação desse crime. Isso acontece porque, existe uma tendência social de reconhecer algumas formas de abuso em detrimento de outras. Nesse contexto, a criança que sofreu algum tipo de assédio em casa, mesmo sendo um crime silencioso, é um caso mais perceptível e que causa mais indignação se comparado a um flagra de pré-adolescentes se prostituindo nas rodovias. Em decorrência dessa inaptidão, têm-se a manutenção do crime de abuso de vulnerável pois a lei só alcança uma parcela das vítimas.    Atrelado a inaptidão da sociedade, a negligência do poder público na investigação dos casos contribui para a manutenção do problema. Nesse contexto, os melhores aparatos tecnológicos e de pessoas especializadas para a investigação de pedofilia estão concentradas na Polícia Federal. Sendo assim, se não houve um clamor popular, crimes menores não são analisados em tempo hábil e os agressores ficam livres para realizar novas vítimas.     Em suma, deve-se somar esforços para combater a pedofilia. Em razão disso, ONGs pela proteção da infância podem confeccionar gibis educativos para revelar as várias faces da pedofilia e propagar o disque 100 como veículo de denúncia a fim de empoderar a sociedade na luta contra o problema. Além disso, o Ministério da Justiça deve paramentar as delegacias estaduais com softwares e capacitar policiais com a finalidade de otimizar a investigação desse tipo específico de crime.