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Enviada em: 01/06/2017

A cada dia, pelo menos 20 crianças são atendidas no setor público de saúde devido abuso sexual, são dados do Ministério da Saúde. A vulnerabilidade infantil é o principal fator para que abusadores tomem a iniciativa para o ato ilícito. Além disso, muitas vezes quem abusa é muito próximo à criança, pertencente ao seu círculo de convivência. Por isso faz-se necessário abordar o tema em casa e na escola desde muito cedo, para que o menor seja capaz de autodefender-se ou denunciar sem medo.   Mormente, a vulnerabilidade infantil advém da falta de diálogo no seio familiar, da visão machista e erotizada pertinentes à sociedade e divulgadas na mídia e intrinsecamente ao processo natural do desenvolvimento da sexualidade na infância, em que o entendimento do corpo e do certo e errado ainda estão aflorando. Unidos num contexto em que não conversam entre si, esses fatores são utilizados pelos mal intencionados para realizar o abuso e obter o silêncio.     Além disso, na grande maioria dos casos, quem comete tal crime é conhecido da família ou mesmo pertencente ao núcleo familiar. O que incita ainda mais a ideia de que o combate à pedofilia deve iniciar em casa. Portanto, a conversa é o canal de confiança que permite aos pais e demais familiares a ajudar a criança a entender quais os limites a serem respeitados, como por exemplo, o toque ao corpo, o que é normal e o que não é, e isso permite que ela denuncie, caso se sinta incomodada.     Entretanto, não é só papel da família. A escola tem suma importância e em sendo o principal convívio social da criança, necessita abordar a sexualidade no prisma educativo. Portanto, tanto as aulas de educação sexual quanto palestras são fundamentais para o amadurecimento do conhecimento sobre o corpo. A isso dá-se o ganho do empoderamento sobre si, sobre seus sentimentos em relação à sua fisiologia e ao contato com os outros. Ademais, a sociedade deve cobrar dos conselhos tutelares uma melhor atuação, solicitando políticas que amparem a criança abusada, além de punir os que praticam tal crime.