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Enviada em: 01/06/2017

Estupro. Aliciamento. Violência. Vivida por milhares de crianças e adolescentes no Brasil contemporâneo, essa realidade marca um problema que persiste a existir e criar uma geração amedrontada e abusada: a pedofilia. Grande causadora de sequelas na vida das vítimas, seja de caráter psicológico ou físico, essa prática infelizmente se mostra de difícil erradicação, exigindo maior atenção e atuação por parte de todos os setores sociais.    O tratamento da sexualidade como tabu nos dias atuais confere uma maior dificuldade de entendimento das vítimas de abuso infantil do que está acontecendo e, muitas vezes, potencializa o medo que inibe a denúncia. A medida que a criança não tem abertura de comunicação com os adultos ao seu redor, sejam eles familiares ou educadores, o desconhecimento sobre o próprio corpo e os seus direitos sobre ele acabam por criar o cenário perfeito para a pedofilia, já que os agressores veem nesses indivíduos fragilidade e fácil subjugação.    Outro ponto importante é a questão do pedófilo que, em cerca de 50% dos casos, é um adultos pertencente ao convívio diário da criança, supostamente alguém cuja suspeita seria improvável. Quando esse é o tipo de caso, a denúncia tende a ser muito mais difícil e a probabilidade dessa exploração ocorrer por longos períodos é maior, o que implica, normalmente, severas consequências  de cunho psicológico e comportamental na criança e na sua formação como indivíduo.    Com o objetivo de minimizar esse quadro problemático, portanto, é necessário que haja a agregação à grade curricular dos ensinos infantil e fundamental da educação sexual e dos direitos da criança, abordados em linguagem adequada para o entendimento desses alunos. Ademais poderiam ser instituídos pelas Secretarias de Educação e Saúde a abertura de centros de discussão que orientem familiares e educadores a identificar possíveis abusos através do comportamento dos jovens e a denunciar por plataformas de denúncia anônima online ou pelo disque 100.