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Enviada em: 01/06/2017

A questão do combate à pedofilia no Brasil, atualmente, é um assunto que preocupa toda a sociedade.      Em primeiro lugar, o número assustador de casos de abusos sexuais cometidos por pessoas muitas vezes próximas à família da vítima revela não só a dimensão que tal crime ganhou, mas principalmente que essa prática não é algo raro, mas, pelo contrário, comum na sociedade. No entanto, a maior parte dos casos termina em segredo, seja por parte da família da vítima ou dela própria, pois a criança, com medo de contar o que aconteceu aos pais, acaba levando essa dura carga psicológica para o resto de sua vida, comprometendo, de alguma forma, o relacionamento consigo mesmo e com os demais.     Por outro lado, a escassez de apoio técnico do Estado em adotar medidas eficazes e adequadas a esse problema perpetua o cometimento e a posterior camuflagem dessa barbárie. Nesses casos, muitas vezes o estuprador sequer é preso, e acaba fugindo para outros lugares, com o intuito de continuar a praticar tais crimes.     Nesse sentido, é de primordial importância a atuação do Estado em conjunto com a sociedade visando a coibição desse delito. O primeiro deve se dedicar ao aprimoramento do atendimento a crianças vítimas de abuso sexual, seja com a contratação de profissionais qualificados, como psicólogos, bem como na criação de mais postos de atendimento em quantidade compatível com o número de casos notificados e sem resposta, ao passo que a última, principalmente a família e os amigos da vítima, devem agir de modo a contribuírem com o Estado na captura dos infratores, de modo a reverter esse quadro e a diminuir os casos de abusos sexuais na convivência entre as pessoas.