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Enviada em: 04/06/2017

A bordo das Naus e caravelas nas viagens marítimas da idade média, grumetes e pajens com idades entre nove e quinze anos já eram vítimas de abuso sexual infantil. Isso reflete a ideia de que a pedofilia é algo que está presente na história da humanidade. O combate a essa atrocidade esbarra no fato de que a maior parte dos casos acontece  dentro de casa, soma-se a isso o número de abusos que ficam sem conhecimento das autoridades pela falta de denúncia.       Ao contrário do estupro comum onde o agressor escolhe suas vítimas quase sempre aleatoriamente, no caso da pedofilia a dificuldade de se combater esse crime se deve ao fato do agressor ser alguém próximo da vítima: um parente, um vizinho, um amigo da família ou mesmo quem a deveria proteger: os próprios pais, padrastos e até mesmo líder religiosos.       A luta contra a pedofilia depende muito de que os casos de abusos sejam denunciados. Se não há denuncia é impossível que o estuprador seja levado a justiça e posteriormente condenado. Isso gera impunidade, algo que é extremamente grave porque dá ao agressor a oportunidade de repetir os abusos e gera uma sensação de impotência e acomodação na sociedade.       Portanto, o combate a pedofilia não deve ser menosprezado, mas tem que ser encarado como uma guerra de toda sociedade contra uma barbárie que tem que acabar. Isso só será alcançado quando todo cidadão ao se deparar com um possível caso de abuso não virar as costas, mas denunciar mesmo que o agressor seja do seu próprio sangue. O Ministério da saúde também deve oferecer treinamento a funcionários de postos de saúde e hospitais para que tenham um olhar mais crítico quanto a abusos sexuais no atendimento de crianças e adolescentes, encaminhando o caso a polícia quando necessário. Essas iniciativas podem ser importantes para diminuir o número de casos dessa natureza.