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Enviada em: 02/06/2017

Prática de ato sexual ou perversão que leva indivíduo adulto a sentir atração por crianças. Coerção. Indução. Chantagem. Trocas de favores. Independente do método usado, ao envolver crianças, com ou sem aparente consentimento, é considerado crime, seja por meio da agressão sexual ou, moral. Na nossa cultura, sendo o sexo um tabu, a pedofilia se torna, frequentemente, facilitada, haja vista o desentendimento da criança e do adolescente do seu papel de agredido. O que se dá a partir de uma falta de orientação, tanto em âmbito familiar quanto em âmbito social.          Pouco mudou no pensamento popular ao se tratar de sexualidade desde o século XVIII. Ano em que o psiquiatra Sigmund Freud relacionou problemas da vida adulta à falta do desenvolvimento pleno da sexualidade (que começaria na infância com a amamentação e deveria ocorrer de maneira natural, sem transgredir etapas) e com isso, sofreu inúmeras repressões a sua teoria, visto que, estava inserido em uma sociedade patriarcal, de comum repressão aos desejos sexuais. Na contemporaneidade, este assunto continua a ser evitado, especialmente na fase inicial da vida. Como resultado, tem-se um desconhecimento da criança ao fato do conceito de agressão sexual, dessa maneira, diminuindo a probabilidade de denuncias.         Soma-se a esta lacuna familiar a do estado. O qual, segundo artigo 277 do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, tem o dever se assegurar, entre outras coisas, a segurança desses. Um vez que, durante o processo de desenvolvimento esses jovens não possuem condições de garantir-lhes seguridade própria, torna-se fundamental tal amparo por meio do Estado e da família, como supacitado. Crianças morando nas ruas, passando fome, sem educação formal e abrigo acabam se tornando ainda mais propícias a exploração sexual. Ademais, essa cena é frequentemente vista nas cidades brasileiras.         Torna-se evidente, portanto, a necessidade de uma ação conjunta entre a família e órgãos público, tanto ao que tange a prevenção quanto para fornecer suporte emocional caso já ocorrida a agressão. Para isso, os hospitais e ONG'S devem garantir a informação as famílias, que devem ser incentivadas, pelos médicos obstetras e pediatras bem como por campanhas, a conversar sobre sexualidade, de forma natural, desde o nascimento, bem como garantir suporte emocional, por meio da oferta de psicólogos e psiquiatras. Isso conjuntamente com o Estado, que deve garantir a orientação as crianças e aos jovens por meio das instituições de ensino, tanto públicas quando privadas, inserindo, por exemplo, uma disciplina para abordar esta temática e funcionários encarregados de cuidar e orientar dos alunos quanto a aspectos sociais e emocionais.