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Enviada em: 05/06/2017

Na década de setenta, ocorreu no Espírito Santo, o caso de abuso sexual infanto juvenil da menina Araceli Cabrera, morta por seus agressores, influentes figuras do estado, e que por essa razão, permaneceram impunes. Sob análise comparativa com a atualidade, é possível verificar que, apesar dos esforços do governo para coibir tais práticas de abuso, estes continuam a acontecer de maneira crescente e preocupante. Sob o panorama exposto, vê-se a necessidade de intensificar práticas de combate à pedofilia.   A questão cultural de erotização e adultização da figura infantil são naturalizadas no convívio social, romantizando, inclusive, a sexualidade na infância, ocultando a violência por trás disso. Segundo dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), a maioria dos casos de violência sexual infantil ocorre dentro da residência da criança, evidenciando que, na maioria dos casos, os agressores são os próprios pais, ou supostos amigos da família.  O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) estabelece que é dever da família e da sociedade, garantir à criança seus direitos básicos como à vida, dignidade e ao respeito. Embora defendidos por lei, crianças e adolescentes são vítimas de pedófilos diariamente, seja dentro de casa, como também nas ruas ou no meio virtual. Em muitos casos, família e sociedade se omitem, tornando-se cúmplices de tais atrocidades. Além de traumas físicos e psicológicos nas vítimas, há riscos de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis e até morte, por isso, é essencial fazer a denúncia em casos de suspeitas.     O combate à pedofilia só será eficiente com a aderência da sociedade à essa batalha. Para isso, o Ministério da Educação deve oferecer materiais ilustrativos às escolas, para que em conjunto, elaborem palestras informativas que auxiliem crianças e adolescentes a reconhecerem casos de violência, além de, por meio da educação, sensibilizarem crianças e adolescentes para o conhecimento de seu corpo. Redes sociais como Facebook e Instagram, podem disponibilizar anúncios em suas páginas, orientando a sociedade e as vítimas a ligarem para o Disque 100 e efetuarem denúncia, em casos de suspeitas e/ou abusos. Com a articulação da sociedade em unidade com o governo, será possível reduzir, consideravelmente, casos de pedofilia no Brasil.