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Enviada em: 04/06/2017

Segundo pesquisas de ONG's de combate à pedofilia, estima-se que, até meados de 2008, o Brasil não possuía uma legislação específica para regulamentar os casos de abuso sexual infantil. Logo após a criação de meios de denúncia como por exemplo, o Disque Cem, o aumento dos registros de casos de violência se tornou um alerta para a sociedade brasileira e trouxe à tona uma problemática que estava escondida em lares brasileiros, nas ruas, e na internet.      De acordo com dados de 2011 do Ministério da Saúde, as principais pessoas que cometem esses crimes são próximas à vitima, como por exemplo, parentes, agregados e padrastos. Casos como esses na maioria das vezes acontece em silêncio durante anos por conta da vergonha do ato de denunciar. Sendo assim, a criança passa a viver amedrontada e sem ter confiança em ninguém, gerando cada vez mais a desconfiança dos pais que são obrigados a pedirem auxílio psicológico aos filhos.     Além disso, crianças convivem com o risco diário de ter o seu direito de ir e vim privado por conta desses mesmos criminosos escondidos nas ruas. São vários os registros de abuso em plena luz do dia e também de gravações utilizadas para fins pornográficos. Podemos citar casos desse tipo como: um homem de quarenta e cinco anos preso em Belo Horizonte por realizar esses tipos de filmagens com menores de idade e outro relacionado ao um abuso sofrido por uma menina de dez anos em Minas Gerais.    Acrescenta-se também que, a internet oferece vários riscos. De acordo com o advogado americano especialista em combate à pedofilia, Ernie Allen, os riscos do uso precoce e não monitorado da internet por parte de crianças são subestimados. Isso significa que, de fato a rede mundial de computadores trouxe um leque de oportunidades de aprendizagens para as crianças, porém, o risco de exposição aos criminosos é existente. É comum registros de aproveitadores em salas de bate-papo ou qualquer outro tipo de rede social que a criança esteja utilizando sem devido acompanhamento dos pais.    Portanto, diante de tudo que foi mencionado anteriormente, torna-se necessário punições rigorosas que visem deixar claro a intolerância para esses tipos de crime e ampliação dos meios de denúncia e do sistema legal de monitoramento pela internet realizado pela polícia. Além disso, as escolas e os pais tem um papel essencial em diálogo e acompanhamento a fim de manter as crianças alertas aos riscos que podem correr. Um trabalho conjunto de leis efetivas mais orientação pedagógica e familiar com certeza fará a vida das crianças brasileiras muito mais feliz.