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Enviada em: 09/06/2017

Usufruindo de lírios       No limiar do século XXI, o combate a pedofilia ainda é um desafio para a sociedade brasileira. Diante dessa conjuntura, mesmo com a criação de leis  pela constituição federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os números de casos de pedofilia no Brasil continuam crescentes. Assim, é preciso uma mobilização de toda a sociedade para que esses números sejam estimativas do passado.       A constituição federal afirma que é dever da família, sociedade e Estado preservar a criança e o adolescente de toda forma de discriminação, exploração e violência. Apesar disso, dados na UNICEF denunciam que a cada ano pelo menos 1 milhão de menores sofrem com a pedofilia. Mostrando que a legislação precisa ser aplicada na prática para resolver o problema.       Diante dessa realidade, a Childhood Brasil, uma organização da sociedade civil de interesse público, tem o objetivo de garantir que os assuntos referentes ao abuso e a exploração sexual infantil sejam pautas de políticas públicas e privadas, oferecendo soluções e estratégias para o problema. Segundo Rodrigo Santini, diretor do projeto, proteger crianças e adolescentes não é papel apenas dos pais e responsáveis, mas de toda a sociedade. Dessa forma, é preciso uma ação conjunta para reverter esse quadro.        Parafraseando o poeta Carlos Drummond, as leis não bastam, pois os lírios não nascem das leis. Partindo dessa verdade, para combater a pedofilia no Brasil não é necessário apenas leis previstas na constituição, mas ações na prática. Isso se dará através de políticas públicas do Estado com a construção de mais delegacias e hospitais especializadas na criança e no adolescente. Também é papel da Escola ensinando as crianças sobre sexualidade e pedofilia, gerando na criança segurança para identificar e relatar abusos sofridos. Além da família que deve manter o diálogo com os filhos e saber identificar a mudança de comportamento dos mesmos, efetuando a denuncia o mais rápido possível. Apenas assim, as crianças do Brasil conseguirão usufruir da infância plena.