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Enviada em: 05/06/2017

Partindo do seu processo histórico, desde o século XX, as reflexões sobre o combate à pedofilia se fazem emblemáticas. Enquanto, nesse período, o estatuto da criança e do adolescente criou a lei para segurança infantil e punição dos pedófilos, atualmente, esse crime ainda é cometido. Nesse sentido, é imperativo entender que a utilização da justiça, não atua consideravelmente nesse problema, visto que, esse quesito está atrelado a outros fatores.       Em primeira instância, é preciso considerar os transtornos psicológicos. Segundo um estudo realizado na Faculdade Federal de Brasília, a pedofilia é uma desordem mental em que o indivíduo adulto sente atração sexual por crianças. Entretanto, o fato desse cidadão ser pedófilo, de acordo com esse trabalho, não está diretamente relacionado ao acometimento de um crime, no caso, o abuso carnal. Dessa maneira, a atuação do psiquiatra e psicólogo são imprescindíveis. Nessa perspectiva, é natural afirmar que se esse distúrbio for diagnosticado e tratado precocemente o delito pode ser evitado.       Ademais, chega-se a uma representativa questão: a educação. De acordo com Aristóteles, se houver um ensino de qualidade no período infantil, não será preciso punir o adulto. Dessa forma, conforme a organização não governamental Infância Livre, se houver aulas de educação sexual nas escolas, o número de casos de pedofilia iria diminuir. De fato, se o infante tiver informação adequada sobre o seu corpo e de como enfrentar os problemas do desenvolvimento humano, pode se precaver a ações de pedófilos. Logo, a instrução voltada para o público infantil atuaria nos casos de abuso, o que diminuiria, futuramente, a punição dos indivíduos maiores de 18 anos.      Fica evidente, portanto, que é necessário agir nas causas dessa questão e não apenas nas consequências. Para isso, mensagens de conscientização devem ser divulgadas em meios governamentais, como o Hora do Brasil, para que a população tenha conhecimento do problema e, caso observe alguma desordem própria ou de algum familiar, busque uma ajuda de um profissional especializado. Além disso, cabe ao Ministério da Educação fazer mudanças na grade curricular dos cursos de formação de professores, criando uma disciplina sobre como esse profissional pode ajudar a criança ou o adolescente a não sofrerem abusos sexuais. Outrossim, o poder legislativo deve fiscalizar os centros educacionais, realizando visitas rotineiras e analisando as aulas ministradas, para assegurar que a lei sobre educação sexual seja cumprida.