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Enviada em: 06/06/2017

Na Grécia Antiga e no Império Romano, o uso de menores para satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e presado por longas décadas. No Brasil, a realidade não é diferente. O abuso sexual de menores continua ocorrendo em grandes proporções, sendo na maioria das vezes praticada em doloroso silêncio.  De acordo com o Ministério da Saúde, todos os dias, 20 crianças de até nove anos de idade são vítimas de abuso sexual. Vale ressaltar que 90% dos casos registrados de pedofilia ocorrem dentro da própria residência e, na maioria das vezes, os pais e padrastos são os principais acusados desse crime hediondo. Recentemente, um acontecimento causou grande comoção e tristeza à sociedade brasileira. Uma adolescente de 16 anos, que morava em Maranhão, cometeu suicídio e deixou uma longa carta, na qual relatava os seus dias de dor e tormento ao lado do padrasto. Na carta, a jovem também relatou o fato de sua mãe não escutar seus desabafos e sempre lhe negligenciar, mesmo sabendo dos abusos cometidos pelo seu companheiro. De fato, este é um problema corriqueiro presente na maioria dos casos. As crianças e adolescentes nem sempre são respeitadas e tão pouco escutadas no ambiente domiciliar.  Entretanto, embora a violência ocorra principalmente dentro das residências, existe uma nova configuração para este crime: o anonimato da internet. O desenvolvimento tecnológico trouxe grandes avanços para a sociedade. Porém, tornou a internet o principal meio de aliciamento, divulgação e propagação dos atos de pedofilia. Logo, pela facilidade do anonimato, muitos pedófilos utilizam os meios de comunicação para seduzirem crianças e adolescentes por meio das redes sociais. Em consequência disso, muitos jovens são induzidos a encontros com desconhecidos e acabam sendo abusados e torturados pelos os mesmos.  Sendo assim, é necessário que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promova visitas domiciliares para que seja feito regularmente um acompanhamento integral desses jovens dentro da própria residência. Os pais devem identificar os sinais de mudança de comportamento de seus filhos. Deve haver um diálogo entre pais e filhos de cunho socioeducativo para que as crianças conheçam a fisiologia do corpo e suas restrições. A escola deve atuar também em parceria com os pais, principalmente na quebra do pacto do silêncio, por meio de aulas dinâmicas que promovam expressões de sentimentos e façam com que as crianças não se sintam vulneráveis. Além disso, é preciso também que o Congresso Nacional e o poder legislativo criem dentro das leis de combate a pedofilia já existentes, emendas constitucionais com punições mais rigorosas e severas.