Materiais:
Enviada em: 07/06/2017

Com o intuito de proporcionar à criança uma proteção especial, em 1989, houve a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. A pedofilia, que apresenta-se como abuso sexual desse grupo e dos adolescentes, compõe vários crimes no Código Penal e no Estatuto das Crianças e dos Adolescentes (ECA). Contudo, por mais que a população disponha dessas legislações, essa violência ainda persiste com frequência, e assim como o artigo 227 da Constituição Federal prevê, é obrigação do Estado, da família e da sociedade assegurarem a essas pessoas vulneráveis uma proteção.        Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 70% dos casos de estupro acontecem com crianças e adolescentes, e a maioria é cometida por homens que são próximos da vítima, como pais, padrastos, amigos e outros familiares - pessoas com fácil acesso às vítimas. Isso evidencia que é de suma importância que os responsáveis criem um ambiente de confiança para com os filhos por meio de diálogos que demonstrem que eles podem confiar nos pais, contando sobre algo que os deixou desconfortáveis. Além disso, a educação sexual, que é um tabu na sociedade, deve ser abordada nas escolas com o objetivo de falar de gênero, direito e respeito para ajudar os alunos a identificarem a diferença entre carinho e abuso sexual. Assim, a criança perderá o receio de falar sobre isso.   A internet pode facilitar que ocorra,por exemplo,a prostituição e pornografia infantil, visto que, com essa ferramenta, muitos pensam que poderão ficar anônimos. No entanto, em 2016, a Polícia Federal rastreou criminosos no ambiente virtual mediante ''softwares'' especializados que identificam servidores de pessoas que estão baixando fotos ou vídeos de crianças e adolescentes. Com isso, é fundamental que os pais limitem o uso das redes  sociais e se atentem a quem os filhos mantêm conversas, já que os pedófilos buscam criar laços de amizades com a criança. Outrossim, a mídia e a população devem parar de induzirem que os mais jovens sejam adultos, como ficar perguntando sobre namorados na infância, incentivar, principalmente, meninos a serem ''pegadores'' e tornar as meninas erotizadas - algo que ocorre no famoso livro Lolita de Vladimir Nabokov.  É primordial, portanto, que o governo em apoio dos meios midiáticos, a escola e a sociedade se juntem a fim de interromper a prática dessa violência sexual com esse grupo vulnerável. Por isso, o Ministério dos Direitos Humanos deve promover campanhas informativas que mostrem maneiras de a comunidade denunciar, como o site da safernet e o Disque 100; a mídia, por sua vez, necessita parar com a caracterização de crianças de forma adulta em propagandas e novelas para que não passem uma ideia de algo que não são. Por fim, a escola precisa ministrar aulas de educação sexual com auxílio de trabalhos, teatros e projetos, e a família tem que estar disponível para dialogar com os filhos.