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Enviada em: 06/06/2017

Num Cenário que alia crianças intelectualmente incompletas, ávidas por informação, à imperícia da sociedade no tratamento da sexualidade com esses jovens, desenrola-se a trágica cena do abuso e exploração sexual infantil. Diante disso, merece cautelosa análise a forma como os pais exercitam esse tema com seus filhos e, ainda, quais segmentos sociais são efetivamente responsáveis na mitigação dessa problemática.    Mormente, o papel desempenhado pela família é fundamental para a compreensão por parte da criança, de conteúdos atinentes ao seu desenvolvimento sexual. Além de promover esclarecimentos sobre o tema, a conversa fortalece os vínculos de confiança intrafamiliar. Dados do Ministério da Saúde revelam que a maioria dos casos de abuso sexual infantil ocorrem por pessoas próximas da vítima. Porém, em muitos casos, os episódios repetem-se porque são tardiamente levados aos pais.   Em referência aos mecanismos de prevenção, observamos que os setores da sociedade, aqui ilustrados nas grandes empresas, nos profissionais de saúde e pela sociedade civil, parecem não estarem embrincados nesse objetivo. A falta de informação desponta como principal fator dessa desarmonia. São determinados trabalhadores que sob certas condições alimentam a prostituição; a exploração sexual de menores que já não causa mais indignação; técnicos da saúde que oferece cuidados médicos apenas, mas não denuncia o episódio quando o cabe.   Destarte, podemos inferir que os diferentes agente sociais estão fracamente articulados nessa causa, o que determina ações frouxas e parciais no combate a pedofilia. Faz-se necessário uma forte campanha do governo federal, encabeçada pela secretaria dos Direitos Humanos, na promoção de momentos nas escolas para discussão do assunto e estudo de cartilhas e materiais educativos, com participação dos pais. Esse trabalho pode ser complementado a partir da criação de resoluções e instrumentos normativos, em âmbito nacional, para que empresas insiram no treinamento de seus empregados o tema da exploração infantil no Brasil