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Enviada em: 08/06/2017

A pedofilia representa uma das maiores questões sociais do Brasil e do mundo, sendo indiscutível a necessidade de medidas ao seu combate.  Um dos obstáculos a ser vencido é a quebra do pacto de silêncio, fator determinante para a diminuição da omissão das denúncias. Além disso, a própria educação sexual, ainda nos primeiros anos escolares, tende a contribuir com maior entendimento do abuso por parte das vítimas.        Vale ressaltar que, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 20 crianças de 0 a 9 anos chegam às unidades diariamente devido aos abusos sofridos, juntamente com o Governo Federal que registra em média 70 casos por dia. Apesar dos números alarmantes, os dados encontram-se subestimados, devido ao pacto de silêncio que amedronta grande parte das vítimas. O medo de denunciar muitas vezes está associado ao fato da vítima não se sentir amparada, não ter entendimento da situação ou até mesmo o receio de causar problemas em casa. Somado a isso, há omissão por parte de alguns familiares, deixando os dados muito aquém da realidade.        Ademais, a falta de orientação acerca do assunto contribui para a alienação das crianças frente à realidade do problema. Diferentemente do que muito é dito, a educação sexual no ensino fundamental não irá inserir a criança precocemente no mundo sexual, mas permiti-la ter maior entendimento sobre o seu próprio corpo, e desse modo, estar atenta ao menor sinal de abuso. Além disso, ao saber discernir o certo do errado, maior será a capacidade de se proteger contra possíveis abusadores, que podem ser os próprios familiares, já que eles representam 40% dos criminosos.        Fica claro, portanto, que o combate à pedofilia deve começar com a própria classe vulnerável, através da inserção de educação sexual à grade curricular do ensino fundamental, medida cabível ao Ministério da Educação. Outrossim, as vítimas precisam ser convencidas de que a denúncia é a melhor saída, o que pode ser garantido através de maior divulgação de disque-denúncias em programas midiáticos. Somado a isso, punições mais rigorosas aos criminosos devem ser garantidas pelo Governo Federal.