Materiais:
Enviada em: 05/06/2019

§ Não é incomum noticiários cobrindo ataques a escolas norte-americanas, quando atiradores invadem ferindo pessoas a esmo. Parece uma realidade distante, mas quando esse comportamento se reproduz no Brasil (como o recente caso de Suzano, na escola Raul Brasil), surge a necessidade de buscar entendimento do porquê esses casos são recorrentes e o que leva o indivíduo a atitudes tão extremas. O bullying é a forma agressão mais sutil e nociva do convívio social atualmente: por meio de brincadeiras, piadas, e em casos extremos até agressão física, o psicológico da vítima é fortemente abalado.  § Deste modo, a vítima desenvolve problemas de autoestima e depressão à longo prazo, danos que podem ser irreversíveis. Quando se trata de crianças, a atenção a desvios de comportamento deve ser redobrada, visto que a escola é o primeiro grupo extra familiar que o indivíduo tem contato e sua formação enquanto ser social começa a moldar-se. O bullying prejudica este processo, já que os agressores se colocam em uma posição de superioridade frente à vítima, que passa a acreditar na sua inferioridade e se fechar neste sentimento. Casos extremos levam à perda do apego pela vida, automutilação e, por último, suicídio - tudo desencadeado pela depressão. § Ademais, o comportamento do agressor também pode dizer muito sobre sua vida pessoal e convívio familiar (especialmente na infância): indivíduos que não sabem lidar com as diferenças alheias, intolerantes e que reproduzem ações agressivas em outras pessoas para aliviar a tensão de suas frustrações. Eles precisam de tanta atenção quanto as vítimas, afinal é um comportamento desencadeado também por agressão psicológica. Muitas séries e filmes atualmente abordam esse tema, como o polêmico seriado "13 Reasons Why" ou o longa "Extraordinário", expondo a realidade de quem sofre e pratica bullying e suas consequências. § Assim, a melhor forma de evitar que mais pessoas sofram agressões por causa de suas singularidades é o combate deste preconceito mascarado, que deve ser estimulado desde a educação infantil nas escolas, por meio de oficinas, brincadeiras de inclusão e gincanas promovidas pelo corpo docente, juntamente com os pais e responsáveis das crianças, estimulados pelo Ministério da Educação, de modo a formar adultos tolerantes e com senso de respeito às diferenças consolidado. O Brasil é um país de ampla cultura e diversidade, então é de suma importância que as pessoas saibam respeitar e lidar com as diferenças alheias, sejam físicas, sociais, culturais ou religiosas.