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Enviada em: 03/05/2019

"A tolerância é a melhor das religiões." Victor Hugo, romantista francês, já em sua época, afirmava uma informação importante: o respeito é o melhor ensinamento a ser seguido. Na contemporaneidade, esse fenômeno é diferente, visto que discriminação ainda está presente na sociedade brasileira, especialmente por meio do bullying, o que representa, assim, um desafio a ser enfrentado. Dessa forma, é necessário avaliar as causas desse cenário, para então, combatê-las.    De início, cabe salientar a ausência de empatia entre os indivíduos na contemporaneidade. De acordo com o conceito de "Modernidade Líquida" de Zygmund Bauman, as relações afetivas da pós-modernidade são marcadas por sua fluidez. Sob essa lógica, a atividade do bullying evidencia uma incompreensão emocional e a falta identificação com outra pessoa, uma vez que quem realiza, de maneira repetitiva e intencional, agressões verbais ou físicas contra seus colegas, à respeito da aparência deles, não costuma apresentar arrependimentos e encontra um certo divertimento com o constrangimento da vítima. Logo, o bullying marca como os relacionamentos atuais são banalizados.    É notório ainda, a falta de conversação no meio familiar, com o objetivo de orientar os jovens sobre o bullying. Segundo Platão, o método dialético era a melhor forma de obter conhecimento, na medida que ocorria interlocução entre as partes. Assim, a ausência de diálogo entre pais e filhos, sobre a prática e as consequências dessa "brincadeira", contribui para as crianças e os adolescentes não obterem um esclarecimento seguro. Por conseguinte, há uma grande chance deles realizarem esse ato, cujos efeitos ao longo prazo para a vítima, são o desenvolvimento da depressão, o isolamento e o baixo rendimento intelectual. Dessa maneira, a menor conscientização social amplia a ocorrência do bullying.    Fica claro, portanto, que o bullying requer ações efetivas para ser solucionado. Nesse sentido, o Governo Federal deve promover projetos contra esse cenário, por meio do Ministério da Educação, direcionando verbas para financiar debates, palestras e oficinas nas escolas públicas e privadas, sobre os malefícios do bullying, como é importante ser gentil e respeitar as diferenças alheias, a partir de profissionais especializados no assunto, como psicólogos e psiquiatras. Além de convidar os pais dos alunos para participar desses eventos, com o intuito de incentivar o combate do bullying também em casa, através do diálogo, filmes e séries. Espera-se, com isso, minimizar a problemática e garantir a tolerância como lema de vida.