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Enviada em: 03/05/2019

Martin Luther King,ativista político estadunidense,pontuou:"A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar".Analogamente no Brasil hodierno,percebe-se que a problemática do bullying encaixa-se na premissa,uma vez que afeta a integridade e produz sequelas em alguns indivíduos.Não obstante,esse tipo de agressão vincula-se diretamente a base histórica do país e a insciência de pessoas que perduram a indiferença.Com efeito,torna-se prudente a ação conjunta das comunidades e do Estado no combate ao problema.     Primeiramente,ao avaliar a questão por um prisma estritamente histórico,nota-se que fenômenos como a escravidão,as desigualdades regionais e,inclusive,a criação de padrões de beleza decorrentes da formação da sociedade colonial brasileira ainda perpetuam no imaginário popular.Esse contexto é percebido na insensibilidade e intolerância de muitas pessoas,as quais levam a condutas ofensivas dentro do convívio social.Segundo dados da Unicef,o Brasil é o quarto país com maior prática de bullying no mundo,tal conjuntura prova a dimensão do problema e essa correlação,visto que, durante as agressões,são comuns conotações raciais,xenofóbicas ou referem-se ao biotipo do indivíduo.    Outrossim,a ignorância também é um fomentador do impasse,haja vista que o conhecimento é fundamental para desenvolver a solidariedade nas pessoas. Milton Santos,geógrafo brasileiro,proferiu que indivíduos frágeis e alienados são aqueles que só enxergam o que os separa e não o que os une. Sob essa perspectiva,é factível dizer que é imprescindível informar a população no combate à adversidade,uma vez que o brasileiro terá maior tolerância diante do diferente, bem como ter consciência dos danos para a vítima.Desse modo,consequências causadas pelo bullying como perda de autoestima,depressão e antissociabilidade só podem ser sanadas com intervenção enfática do povo.    Destarte,torna-se necessária a mobilização governamental e social para atenuar a incidência de bullying.Diante disso,cabe ao Ministério da Educação propiciar debates nas salas de aula e a realização de avaliações psicológicas por meio de professores e psicopedagogos que se atentem aos sinais dados pelas vítimas e agressores tais como isolamento e tristeza,com intuito de auxiliar e dialogar com a turma.Em consonância,esse mesmo órgão estadual deve,ainda,através da publicidade televisa e virtual,divulgar a problemática e seus malefícios,a fim de instigar a conscientização para todas as faixas etárias.Por fim,tais medidas fariam jus ao exercício da justiça o qual King instilava.