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Enviada em: 04/05/2019

A Constituição Cidadã de 1988 assegura a toda a criança o acesso à educação, que é um direito social. Entretanto, o bullying quebra com essa cidadania, visto que ocorre principalmente no âmbito escolar e afasta o aluno violentado do ambiente educacional. Nesse sentido, os fatores que propiciam essa prática é a ausência familiar e a coexistência de pessoas com características diferentes num mesmo espaço.        Em primeira análise, o escritor Mario Sergio Cortella afirma que a escolarização é uma parte da educação, mas que a sua efetivação é responsabilidade da família. Logo, quando os pais negligenciam a sua função de construir o caráter e oferecer amor aos filhos, estes desenvolvem a capacidade de descontar nos mais fracos as suas frustrações. Consequentemente, a existência dessa forma de opressão é frequente em escolas quando há a presença de crianças que sofrem com o descaso parental.        A posteriori, o filósofo grego Platão afirmava que ''o mais alto nível de educação é a tolerância'', logo, aceitar o diferente explicita o que há de melhor no ambiente escolar. Porém, a existência do bullying prova que o Brasil ainda não atingiu o patamar referido pelo pensador, visto que as principais vítimas, de acordo com a revista Minha Vida, são pessoas com características diferentes da maioria, como excesso de peso, magreza, timidez e alguma deficiência, criando uma atmosfera de exclusão.        Em suma, a importunação crescente vista nas redes de ensino revela a fragilidade humana em atuar nesses casos e combatê-los. Portanto, cabe à escola, em parceria com psicólogos infantis, promover eventos com pais e filhos para fomentar o debate sobre formas de identificar vítimas e corrigir o problema dentro do ambiente escolar e fora dele. Além disso, as mídias televisivas podem transmitir filmes e novelas que abordem o tema de forma abrangente, a fim de garantir o exercício da cidadania e a função da Constituição.