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Enviada em: 04/05/2019

Agressão física ou psicológica, exclusão, difamação, perseguição e todo tipo de terror intencional, seja ele virtual ou não, são exemplos do que é considerado bullying. Um em cada dez estudantes brasileiros é vítima desse mal, dado divulgado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Uma informação alarmante como essa faz-nos pensar em como combater esse problema; e para uma solução plausível e eficiente, é necessário entender as causas e intervir neste ponto da questão.       O filme "Carrie, a estranha", de 1976, retrata esse tipo de violência em que uma jovem tímida, que não faz amigos por conta da mãe desequilibrada, ao aceitar ir ao baile do colégio, cai numa armadilha preparada para ridicularizá-la em público. Assim como no filme, na vida real e na internet as pessoas mais retraídas costumam ser as maiores vítimas do bullying por apresentarem maior dificuldade de se expressar ou se abrir na escola e em casa, fazendo-as serem consideradas "vítimas fáceis". Então valentões em busca de poder, popularidade e superioridade acabam se aproveitando e perpetuando essas agressões.       Da mesma forma que essa busca por poder é uma causa desse mal, outros caminhos também levam o autor do bullying a cometê-lo. Na grande maioria dos casos, são crianças que vêm de uma má educação, muito permissiva ou muito violenta, que faz o praticante considerar o ato como normal. Entretanto a escola muitas vezes se omite para não "manchar o nome", contribuindo para que também haja a expansão para as redes virtuais, o que é chamado cyberbullying. Essa crescente expansão do problema e o não reconhecimento por parte de muitas pessoas como um problema real, fazem com que seja cada vez mais difícil combatê-lo.       Em vista disso, faz-se necessário intervir nestas causas para que esse tipo de agressão possa ser evitado, ou ao menos minimizado. Então, é de grande importância que esse seja sempre um tema de discussão nas escolas, seja em projetos ou temas de dissertações, para que as vítimas se sintam mais à vontade para relatar as situações. Além de um projeto de assistência psicológica para as vítimas, que por muitas vezes ficam abalados emocionalmente pelo resto da vida.        Seria de mesmo modo eficiente se os autores do bullying fossem devidamente punidos pois, em sua maioria, acreditam não ter que responder por seus atos. Dessa forma, seria necessário que o Poder Legislativo colocasse em vigência uma lei eficaz que multasse o praticante do bullying, e que caso fosse menor de idade, o valor fosse cobrado dos responsáveis legais. Assim, em um médio período de tempo poderia se esperar alguma mudança positiva e redução dos casos de bullying.