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Enviada em: 13/05/2019

No ano de 2014, o então presidente, Michel Temer sancionou a lei que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying. No entanto, tal prerrogativa legal não é efetivada com ênfase na prática, tendo em vista que, agressões intencionais, verbais ou físicas ainda se fazem presente com frequência. Nesse sentido, é importante analisar a omissão da família, bem como, a negligência das escolas como principais motivos para a perpetuação da opressão, a fim de exilar essas práticas e promover o avanço social.   Primordialmente, cabe considerar que a ausência da família no desenvolvimento dos jovens corroboram para intensificar o problema. Isso se dá na medida em que as relações parentais tornam-se frágeis e individuais, conforme defende o sociólogo Zygmund Bauman no conceito de ''Modernidade Líquida''. Em decorrência dessa fragilidade nos laços afetivos, o individualismo oprime as pessoas, e estas, encontram na zombaria a saída para obter uma boa imagem de si mesmo. A partir disso, apelidos pejorativos e brincadeiras ofensivas segregam jovens e em casos mais extremos, impulsionam crimes.   É importante mencionar ainda, que não só o descaso familiar, como também o desvelo das escolas abastece a problemática. Escassez de programas e palestras contra a intimidação sistêmica, por exemplo, fortalecem a perpetuação de traumas que afetam a personalidade, promove a queda no rendimento escolar e isolamento. De acordo com dados apresentados pelo Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF), o Brasil é o quarto país com maior  prática de opressão no mundo. Tais dados explicam o elevado índice de suicídio e homicídio no país, a exemplo, o massacre de Realengo ocorrido no ano de 2011 no Rio de Janeiro, no qual o autor do crime - ex aluno da escola - em uma carta deixada após matar 11 alunos e suicidar-se, explica que foi vitima de bullying naquela escola, o que deixa claro a urgência de politicas públicas para coibir tais práticas.   Portanto, é mister que o estado tome providencias para superar o quadro atual. Para conscientização da população à respeito do problema, urge, que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nos meios de comunicação que enfatize a importância dos laços familiares - conversas, conselhos e companheirismo - alertando as pessoas sobre as consequências do individualismo da infância a velhice. É importante ainda, que as escolas através de seminários, mostre aos alunos os efeitos nefastos da intimidação sistêmica e a importância da boa convivência. Somente assim, será possível combater o bullying no Brasil e promover o bem estar social.