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Enviada em: 06/05/2019

Em meados do século XIX, no contexto do estudo da evolução das espécies, surgiu uma análise social com base na teoria darwinista, responsável por discriminar e propagar ódio a diversas raças por muitas gerações. De maneira análoga, o bullying se mostra como for de discriminação hodierna, o que resulta em sequelas ao desenvolvimento e sociabilidade. Desse modo, torna-se perceptível a problemática do bullying, gerado pela padronização presente na sociedade e perpetuada pela natureza vingativa do homem.         Diante dessa conjuntura, em primeira análise, é notável que a existência de padrões físicos e de comportamento são fatores causais à discriminação. No contexto renascentista, houve o retorno do padrão estético grego, introduzido ä cultura brasileira com a colonização. Ao adotar-se o Fato Social de Durkheim, que indica a presença de normas de comportamento em conjunto na sociedade e discriminação caso não cumprimento dessas, ficam evidentes as causas do bullying, reflexo da padronização presente na sociedade tupiniquim. Essa idealização é contrária à pluralidade e miscigenação, que raramente se adequará à perfeição, o que gera problemas à autoaceitação, além de segregação, responsável por inibir seu desenvolvimento social.         Ademais, essa forma de preconceito pode ser explicada sob outro ponto de vista: a natureza vingativa do homem. Com base no ideário de Paulo Freyre, onde ele afirmava que a precária educação pública contribui para “o desejo do oprimido ser o opressor”, é perceptível a necessidade do homem ser vingativo. Esse fato se torna propagador do bullying, pois a opressão pode ser passada por gerações e para outros contextos. Casos como o visto na escola de Suzano, em São Paulo no início de 2019, no qual ex-alunos, vítimas de bullying, assassinaram diversos funcionários e estudantes, são causados pelo precário apoio psicológico presente nos colégios do Brasil, o que lhes tornam ambientes propícios ao surgimento da discriminação. Portanto, é incontrovertível que a má educação gratuita do país é responsável por gerar o bullying.         Destarte, devido ao supracitado, torna-se indubitável a necessidade de medidas para superar o preconceito e discriminação no país. Cabe ao Ministério da Educação, em conjunto das secretarias municipais, por meio de palestras, conscientizar e expor aos adolescentes as causas e consequências do bullying, alem do treinamento de profissionais, para identificar e coibir ações do gênero. Cabe, também, a órgãos midiáticos, por meio de jornais e revistas, difundir campanhas de autoaceitação e a quebra de padrões, para expor a pluralidade do país e reduzir a discriminação por razões estéticas. Dessa maneira, será possível transformar o Brasil em um lugar melhor e mais justo para todos.