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Enviada em: 09/05/2019

As problemáticas que envolvem o combate ao ''bullying'' no Brasil, são até para os olhos menos atentos, umas das maiores adversidades da atual sociedade. Apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) zelar pela integridade física e psicológica das crianças e dos adolescentes, a prática dessa forma de opressão ainda é muito comum nas escolas, de modo a causar inúmeras consequências aos agredidos, como a depressão e até mesmo o suicídio. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: a escola como um dos locais de maior propagação dessa forma de agressão e as consequências que ela traz para os indivíduos envolvidos e para a sociedade.    Ao partir dessa realidade, as instituições escolares como principal meio de disseminação do ''bullying'' corrobora de maneira significativa para a problemática. De modo a ser um dos primeiros locais no qual a criança entra em contato com a sociedade e com a diversidade presente nessa, a escola se tornou suscetível a prática dessa forma de intimidação, seja pela necessidade de autoafirmação dos jovens ali presentes, seja por esses estarem em uma fase de formação física e psicológica. Dessa maneira, essas instituições deveriam dispenderem esforços para combater essa prática, contudo não é o que ocorre, de modo que, no Brasil, um em cada dez estudantes é vítima frequente de ''bullying'' nos ambientes escolares, de acordo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) DE 2015.    Nesse viés, essa forma de opressão traz inúmeras consequências para os indivíduos envolvidos e para a sociedade. O indivíduo que sofre ''bullying", principalmente quando não pede ajuda, enfrenta o medo e a vergonha de ir à escola, por exemplo, de modo a apresentar baixos rendimentos e abandonar a instituição. Dado que revela essa realidade é da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção á Infância e Adolescência, que mostrou que 41% da vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema. Dessa maneira, como consequência desse fato, os casos de depressão e suicídio entre jovens não para de crescer, de forma que, o suicídio, por exemplo, é a segunda maior causa de morte entre jovens de 19 a 29 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).    Logo, cabe ao Ministério da Educação, em parcerias com as escolas, mostrar aos jovens, por meio de palestras e das aulas de sociologia, por exemplo, as consequências que um tratamento inapropriado traz para o próximo, de modo a instruir esses à sempre respeitar e aceitar as diferenças existentes na sociedade e à diminuir os danos físicos e psicológicos que o ''bullying'' causa aos indivíduos. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde oferecer um suporte melhor as vítimas dessa  forma de opressão, com campanhas preventivas e com profissionais devidamente orientados que consigam conversar e aconselhar esses jovens, de modo a prevenir esses casos recorrentes de suicídio e depressão.