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Enviada em: 08/05/2019

Tendo sua origem nos Estados Unidos, o termo bullying deriva da palavra "bully", que significa valentão, brigão. Já na realidade brasileira, tal palavra refere-se às mais variadas violências praticadas por indivíduos contra outra pessoa que é oprimida e indefesa. Outrossim, a Lei Antibullying - presente na constituição desde 2016 - obriga instituições em geral a adotarem medidas e prevenções contra essa prática de repressão. Contudo, no quadro atual - visto em escolas e instituições - é notória uma tomada de caminho contrária a essa lei, uma vez que são persistentes essas agressões físicas e morais contra alunos de diversas faixas etárias e etnias.    Primeiramente, é imprescindível levar em conta as causas dessas práticas contra alunos e colegas, os quais sofrem diariamente com o bullying. Logo, ressalta-se a ignorância - por parte das escolas - com a existência de uma lei que obriga uma tomada de decisão contra a prática de perseguições e agressões. Essa falta de conhecimento ocasiona a não busca por uma solução e, a longo prazo, a uma permanência desse comportamento em jovens que não tiveram um direcionamento comportamental e pessoal. Ademais, tal banalização se faz presente nas casas não só dos agressores, como também dos agredidos, sendo esses taxados de frágeis e medrosos por pessoas que deveriam defendê-los e comunicarem a instituição. Contudo, a ausência dessa busca é substituída por uma negligência das consequências diversas e permanentes em jovens das redes escolares.    Logo, essas consequências se expandem para diversas conjunturas sociais e pessoais. No âmbito pessoal, a vítima é tomada por traumas físicos e mentais, os quais perpetuam durante longos anos, fazendo-a se excluir da sociedade e ter comportamentos diferentes dos quais ela tinha antes do bullying. A somar-se com isso, comportamentos de reprodução desses atos são visíveis em algumas vítimas, as quais cometem as mesmas agressões aos outros colegas ou, em casos mais graves, até assassinatos. Tal fato pode ser visto em Suzano, onde ex alunos vítimas de bullying entraram no colégio e mataram diversos alunos, como forma de reproduzir o que os afetaram escolarmente.    Segundo Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Tendo isso em vista, é necessária a busca por uma solução para a banalização dessa falha presente em escolas brasileiras. Portanto, é preciso que os colégios ofereçam uma melhora na comunicação entre alunos e a direção, com o intuito de facilitar o envio de denúncias e problemas dentro do ambiente escolar. Essas denúncias seriam de forma anônima e notificadas para os pais dos envolvidos, e promoveriam mudanças nas medidas tomadas pelas instituições referentes aos casos de bullying. Isso ocasionaria na correção de nossas falhas, evitando a piora do quadro, como Confúcio se referia.