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Enviada em: 13/05/2019

O livro Extraordinário, de R.J. Palacio, conta a história de um menino com uma grave degeneração facial, e de sua luta para inserir-se em algum grupo. Fora da ficção, diversas crianças enfrentam empecilhos para conviver em sociedade por conta da cultura do Bullyng que ainda reina no Brasil. Cenários de discriminação e preconceito, como os sofridos por Auggie na obra citada anteriormente evidenciam que algo deve ser feito para reverter essa situação.  Em primeira análise, constata-se que é na escola que a maioria dos problemas relacionados ao Bullyng tem início. Um grande exemplo disso foram os ataques ocorridos nas escolas de Realengo e Suzano, onde ex-alunos, tomados de rancor e sofrimento interromperam a vida de jovens e adolescentes. Assim, os colégios deixam de ser a chamada "segunda casa" dos alunos, passando a ser o verdadeiro palco do terror, da insegurança e principalmente, da intolerância.  Ademais, famílias mal planejadas são outro fator preponderante. Seja pelo lado da vítima, ou pelo lado do agressor, núcleos familiares sem algum preparo emocional podem trazer prejuízos psicológicos às crianças. Sendo assim, se a criança estiver em apuros, e não confiar plenamente em seus pais, irá guardar os problemas para si, o que pode evoluir o caso a um transtorno emocional, mostrando as inegáveis cicatrizes do Bullyng.  Torna-se claro, portanto, que a socialização infantil é agravada por conta do Bullyng. Nesse sentido, o Ministério da Educação deve, por meio das secretarias de educação, promover passeatas e oficinas nos colégios a respeito do preconceito e da discriminação, no intuito de tornar a escola em um refúgio seguro àqueles que sofrem. Outrossim, cabe às associações de moradores dos bairros promover reuniões com as famílias e mutirões de apoio a comunidade, visando um maior planejamento familiar e a conscientização comunitária acerca desse problema. Talvez assim o Brasil perceba que, como no livro Extraordinário, não se deve julgar um menino pelo rosto.