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Enviada em: 09/05/2019

Em turma da Mônica, história em quadrinhos brasileira, há a abordagem do bullying praticado por Cebolinha, que utiliza ofensas verbais e é repreendido com agressões físicas feitas pela Mônica. Embora seja um tema bastante complexo, é retratado de maneira banalizada, no qual ocorre cotidianamente o tornando imperceptível. Fora dos gibis, o bullying ainda assombra muitas crianças e jovens que carregam esse trauma, muitas vezes, em silêncio.  Um cenário que normalmente é associado quando se trata de bullying é o escolar, no qual comumente as crianças são divididas em um dos dois polos: vítima ou agressor. Contudo, segundo o médico brasileiro Maurício de Souza Lima, quando se trata de bullying todos são vítimas, pois os agressores podem estar utilizando o bullying como alternativa para ser aceito em determinado grupo de amigos e, caso essa questão não seja resolvida, pode chegar a níveis patológicos no futuro.  Outrossim, é imperativo pontuar que o bullying não se limita ao ambiente escolar. A internet muitas vezes se torna um palco para apresentações de ódio dos "cyber valentões". Através dela, é possível que os agressores se mascarem atrás de uma conta falsa e se sintam no direito de ofender outros internautas. De acordo com uma pesquisa feita pela Intel, grande parte das vítimas do cyberbullying têm entre 13 e 16 anos, acentuando, portanto, que os jovens são os que mais sofre com essa situação. Destarte, são necessárias medidas que atenuem o bullying no Brasil. Cabe ao Ministério da Educação promover palestras que esclareçam os efeitos da prática do bullying por meio de psicólogos para todos os estudantes, dessa maneira é possível os conscientizar de forma efetiva. Ademais, é necessário que as escolas tenham investimento suficiente para disponibilizar acompanhamento psicológico tanto para as vítimas, quanto para os agressores. Assim, a partir dessas ações, o bullying institucionalizado, como sofrido por Mônica, será perceptível, evitando que haja sua banalização.