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Enviada em: 11/05/2019

Agressões físicas, xingamentos e humilhações. Esse é o panorama atual presente entre alunos de muitas escolas brasileiras, o bullying. Tal fato consiste em uma forma de intolerância acompanhada de violência, e é um problema que gera consequências maléficas não somente para a vítima, mas para todo o âmbito social. Sendo assim, é necessário analisar medidas para o combate desta prática.  Em primeiro plano, é válido ressaltar que a a aversão ao diferente, tão enraizada no pensamento social, associado a inércia das instituições educacionais contribuem para a efetuação de tal processo. Paulo Freire, importante educador, já argumentava sobre a "cultura da paz", evidenciando o papel da educação no que diz respeito à diversidade e exercício da empatia. No entanto, no contexto vigente, as escolas limitam-se a criar alunos mecanizados e executores de tarefas, os quais sabem tudo de biologia e matemática, por exemplo, mas desconhecem os impactos que atitudes ofensivas contra os outros podem causar. Nesse sentido, alunos que disseminam piadas maldosas, colocando os indivíduos em situações desconfortáveis a fim de humilhá-los por causa de sua aparência, comportamento ou opção sexual são comuns nesse cenário. Por conseguinte, as vítimas apresentam danos emocionais e diminuição de sua autoestima, o que é extremamente prejudicial à esfera coletiva.  Cabe reconhecer, todavia, que o bullying gera prejuízos também para o agressor. É preciso compreender os motivos que o levam a praticar tal ato, a destacar problemas psicológicos que ele apresenta, pois, muitas vezes, agredir um colega é visto como uma forma de exercer autoridade e sentir-se superior. Desse modo, casos em que há falta de orientação da família e ausência de meios de auxílio emocional nas escolas geram comportamentos violentos no sujeito. As consequências, por sua vez, são para os agressores a formação de adultos intolerantes e opressores, e para as vítimas, depressão, ansiedade e até mesmo suicídio.  Evidencia-se, portanto, que o bullying gera resultados negativos a toda a sociedade, por isso é essencial o seu combate. Cabe ao Ministério da Educação promover aulas, debates e palestras sobre o assunto, convidando as famílias para participarem, além de propor projetos anti-bullying para os próprios alunos elaborarem e apresentarem em público. Ademais, deve oferecer nas escolas, profissionais, como psicólogos, para auxiliar vítimas e agressores,em que com diálogos e reflexões ofereçam assistência e apoio a fim de solucionar tal impasse. Assim, o problema será atenuado, contribuindo para o bem comum da sociedade.