"Todo mundo odeia o Chris", uma série americana de 2002, trata de modo cômico os desafios enfrentados por um adolescente, que é alvo de piadas e agressões dentro do ambiente escolar. No entanto, tal comportamento ofensivo não se limita à ficção. Com a lei específica para o combate ao 'bullying' de 2016, fica evidente a necessidade de apoio tanto da escola quanto da familiar para obtenção de resultados. Em primeiro lugar , é preciso destacar a importância da instituição escolar na prevenção de atos de violência intencionais e repetitivos. Isso porque, além produzir conhecimento, a escola fornece um espaço para socialização e formação pessoal. O educador Paulo Freire já destacava uma "cultura de paz", evidenciando o papel da educação na transmissão de tolerância, respeito mútuo e responsabilidade. Além disso, em alguns casos, a humilhação sistemática é estendida em casa por meio das mídias sociais, formando o "Cyberbullying". Segundo dados do IBGE de 2015, 45% dos estudantes admitem sofrer algum tipo de discriminação, por isso a participação da família é de extrema importância no acompanhamento da vítima e do agressor. Se o espaço familiar não for de acolhimento, os problemas enfrentados resultarão no isolamento social do indivíduo. Portanto, para que 'bullying' tenha destaque apenas na ficção, é necessário que o Ministério da Educação incentive as escolas a prepararem momentos destinados a uma maior interação. Um bom exemplo são as gincanas escolares. Ao final de cada conteúdo trabalhado, os alunos terão a oportunidade de exercitarem o que foi aprendido por meio de brincadeiras e jogos de perguntas. Assim, além de exercitarem o que aprenderam na sala, trabalharão em conjunto , conhecendo características em comum com os colegas e fazendo novas amizades. Nesse aspecto, exercitar a solidariedade acabará transferindo a agressividade para atividades construtivas.