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Enviada em: 15/05/2019

Segundo o conceito de Fato Social transmitido por Émilie Durkheim, a sociedade tem seus comportamentos moldados por acontecimentos passados. Dessa forma,é correto dizer que o bullying contra determinados perfis atuais foram enraizados na população por eventos como a escravização de negros, o antissemitismo pregado pelos governos, a islamofobia criada após atentados, a homofobia,entre outros, sendo comum suas práticas em crianças e adolescentes. Assim, torna-se necessário o Estado atuar nas causas dessa perseguição sistemática, bem como trabalhar para sua erradicação.   Vale citar, de início, o pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman quando ele discorre sobre o individualismo do ser humano em detrimento ao coletivismo por causa da incerteza das relações. Essa compreensão se baseia na ausência do sentimento coletivo as pessoa, principalmente em crianças e adolescentes que estão sendo criadas de maneira  egoísta e apenas reproduzem comportamentos preestabelecidos. Logo, é preciso que os pais atentem-se para a criação dos filhos, de maneira que exercitem o respeito às diferenças em relação ao próximo.   Ainda pode-se citar, nessa temática, o sociólogo Michel Foucault que escreveu sobre o comportamento humano diante das normas sociais e legislações no livro ''Vigiar e Punir''. Para ele, a população age de acordo com essas regras apenas para evitar um julgamento pela  sociedade. Isso relaciona-se com a necessidade de maior divulgação das penalidades sofridas a quem comete o bullying físico, patrimonial, sexual e moral. Diante disso, torna-se essencial a desconstrução da sensação de impunidade do ato pelos pais e agressores.     Conclui-se, portanto, a fundamentabilidade da preservação de crianças e adolescentes vítimas da perseguição sistemática, com o intuito da manutenção da saúde mental e física dos mesmos. Desse modo, é preciso que o Estado, mediante o Ministério da Educação, atue na criação palestras e eventos nas escolas, feitos por pessoas que sofreram esse tipo de violência, com o objetivo de conscientizar crianças e adolescentes do mal causado e suas consequências às vítimas. Também, é importante o desenvolvimento de uma agência fiscalizadora específica para regular a efetivação da Lei Anti-bullying 13185, que prega a necessidade de combater o bullying nas escolas.