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Enviada em: 16/05/2019

O filme americano "Carrie, a estranha", retrata o terror vivenciado pela personagem no âmbito escolar por causa do "bullying", sendo isolada e humilhada diariamente. Fora da ficção, é notório que atualmente, no Brasil, esses atos de intimidação vêm ganhando amplo espaço nas escolas e internet, causando vários transtornos psicológicos aos jovens, seja pela ineficácia das políticas de combate, seja pela omissão da escola na proteção estudantil.      Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser implantada de maneira que, por meio da justiça, a harmonia alcance o meio social. Nesse prisma, é indubitável que é omissão do Estado em meio à falta de fiscalização e leis efetivas rompem com tal equilíbrio social. Nesse sentido, o avanço tecnológico permitiu a ampliação desse discurso de ódio além nem das paredes escolares, como é o caso do "cyberbullying", que através de zombaria e chacotas buscam oprimir, isolar e intimidar esses jovens através de agressões verbais e físicas (nos centros escolares). Tudo isso é evidenciado pela negligência da fiscalização e leis pouco efetivas, gerando crianças e adolescentes depressivos e com problemas psicológicos.     Outrossim, constata-se ainda que a gestão ineficiente dos centros educacionais também colaboram para o impasse. Nesse sentido, apesar de o Estado ter instituído a lei do "anti-bullying", que obriga as escolas a pôr fim em tal opressão, isso ainda é ineficiente, uma vez que de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 50% dos alunos sofrem esse tipo de "brincadeira" de mau gosto por causa da aparência física. Nessa perspectiva, é fato que a carência de diálogos e campanhas escolares, bem como a presença de gestores ineficientes permitem que milhares de alunos sejam agredidos cotidianamente, podendo evidenciar no suicídio das vítimas.     É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir o equilíbrio social conforme Aristóteles. Destarte, o Governo Federal, junto ao Ministério da Educação, por meio de projetos de leis efetivos e fiscalizatórios, deve aprimorar as diretrizes de combate ao "bullying" tanto nas escolas como na internet, além de ampliar a fiscalização do discurso de ódio que fere os direitos humanos. Ademais, as escolas, por meio de aulas, palestras e programas com psicólogos, pode mostrar os malefícios de tal ato, bem como promover campanhas de combate em harmonia a profissionais da psicologia que ajudem tanto as vítimas quantos agressores, no fito de mitigar gradativamente esse caos nos centros educacionais e virtuais, tal como gerar cidadãos mais morais e conscientes.