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Enviada em: 14/08/2019

Massacres causados por estudantes em escolas. Suicídios. Altos índices de depressão entre jovens. Cenários que, embora sejam distintos entre si, muitas vezes possuem um fator comum: o bullying. Dessa forma, evidencia-se a urgência do combate à tal problemática, sendo necessária a análise de sua ocorrência nos ambientes escolar e virtual.       Em primeiro lugar, nas escolas, muitos alunos praticam o bullying como forma de reprodução das violências vivenciadas por eles no cotidiano. Na série Sex Education, são retratados casos de bullying a um estudante e, ao longo da narrativa, mostra-se que seu agressor era vítima de duras repressões no ambiente doméstico. Para o sociólogo Paulo Freire, se a educação não for libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor. Assim, para interromper o ciclo de violência existente na sociedade, é necessária uma formação crítica e inclusiva nas escolas.       Sob outro viés, com o advento da tecnologia, foi facilitada a difusão de discurso de ódio, que passou a também ser feita pela internet. A possibilidade de se esconder em perfis falsos agravou a quantidade de casos de cyber-bullying em todo o mundo. Recentemente, uma blogueira se matou após ser alvo de duras críticas por ter se casado consigo mesma. Tal situação evidencia que comentários desse tipo afetam diretamente a pessoa envolvida e não devem ser banalizados por não se tratarem de um conflito direto ou agressão física.       Portanto, são necessárias medidas para combater o bullying no Brasil. Visando transformar a sociedade e torná-la menos violenta, o Ministério da Educação deve promover palestras e debates nas escolas públicas acerca dos malefícios causados por essa prática, além de estabelecer a obrigatoriedade da presença de psicólogos instruídos a lidar com tal situação nas escolas. Ademais, a mídia, em parceria com Ong's, deve elaborar campanhas publicitárias que alertem sobre como o cyber-bullying pode agravar casos de depressão e inclusive causar suicídios, além de ser considerado crime, para que tal ato de violência não seja mais banalizado.