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Enviada em: 20/05/2019

O bullying caracteriza-se por atos agressivos, sejam eles físicos ou psicológicos, que são constantes, imotivados e através dos quais o agressor busca extrair de sua vítima os sentimentos de humilhação e impotência. Nesse sentido, o ambiente escolar brasileiro, de maneira infeliz, ainda encontra dentro de seus auspícios essa forma de violência devido a maior vulnerabilidade dos infantes e muitas vezes também pela dificuldade da instituição de identificar essa prática nefasta. Diante desse quadro, impende-se que o cultivo de um meio educacional de acolhimento será alçado na medida em que a escola e a família agirem em consonância na prevenção e repressão do bullying.          A prática do bullying não é um fenômeno contemporâneo, pois, essa forma de agressão vem sendo descrita e discutida a décadas, visto que, até mesmo grandes obras cinematográficas já trataram do tema, como por exemplo o filme "Carrie: A estranha " do ano de 1977. Contudo, no Brasil a relevância sobre o assunto teve seu ápice no cenário atual devido a alguns ataques a escolas, nos quais os atiradores em sua maioria foram em algum momento do seu passado vítimas do bullying, além da recente aprovada Lei de combate a Intimidação Sistêmica. Destarte, é possível perceber que a persistência do bullying dentro das escolas brasileiras ocorre devido ao negligenciamento que a sociedade como um todo vem dando a essa problemática, tratando-a como um comportamento normal entre crianças e tentando enquadra-la como uma brincadeira.           Indubitavelmente é um dever das escolas preparar as crianças e os adolescentes para cultivar um ambiente saudável e harmonioso, ensinado-os a conviverem e valorizarem uns aos outros a fim de endossar o respeito às diferenças. Nesse viés, o combate ao bullying irá ter os desejados efeitos quando o ambiente escolar em conjunto com o familiar visando a identificação e a precaução desse impasse, realizarem ações em conjunto para garantir a aplicação da legislação no intuito de assegurar um meio educacional mais adequado aos alunos. Logo, as ações do Estado para diminuir a incidência dessa forma de violência nas escolas deve centrar-se também nas atividades pedagógicas.          Portanto, o Poder Executivo na figura do Ministério da Educação tem o encargo de proporcionar às instituições educacionais um plano de ação a ser seguido, no qual a escola e a família terão papeis complementares. O planejamento consistirá na distribuição de cartilhas educativas com material que se adeque a idade de cada aluno, o qual terá de ser discutido em sala de aula, ademais, a escolas também terão de apresentar e debater o conteúdo dos livros na presença dos responsáveis pelos infantes por meio de palestras, reuniões ou outra preferência. Os familiares por sua vez, serão os responsáveis pelo acolhimento do infante, garantindo-lhe os sentimentos de capacidade e segurança.