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Enviada em: 20/05/2019

A partir do filme "Mogli: Entre dois mundos", pode-se abstrair a discriminação constante que o menino, Mogli, sofreu por não ser igual aos membros da sua família, os lobos, assim, feridas mentais e físicas perpassam a sua história. Fora dos cinemas, tal situação assemelha-se ao bullying nas escolas brasileiras, o qual em virtude da ausência da conversa acerca da problemática e da demora na implementação de um projeto a nível nacional pelo Estado, assola, paulatinamente, vários estudantes.  A princípio, é indubitável que devido a omissão dos alunos e dos professores em agir contra a violência, a vítima se vê impotente e sozinha em relação ao agressor. Por conseguinte, o que era uma "brincadeira", torna-se um pesadelo contínuo e vivenciado em silêncio. Dessa forma, de acordo com a especialista em psicologia infanto-juvenil, Ciomara Schneider, o diálogo é a melhor maneira para inibir esse entrave. Nesta perspectiva, num episódio da série "Eu e o Universo" destaca-se um experimento feito com dois grupos de crianças: em um foi trabalhado sobre as formas de lidar com o bullying e com segundo foi realizado atividades de temas livres. Ao término de duas semanas, inesperadamente, cada aluno presenciou uma simulação de bullying, resultado, apenas o primeiro grupo reagiu ao conflito. Logo, a fim de acabar com essa tortura, a comunicação relativa ao estigma se faz essencial.   Em seguida, cabe ainda relatar a atuação do Ministério da Educação, conforme o portal virtual dessa organização, em apoiar diversos projetos relacionados formação de professores de modo a informá-los sobre metodologias capazes de promover a tolerância às diferenças, por exemplo, o programa Aprendendo a Conviver praticado no Paraná. Isso é importante. No entanto, é mister presença de um desenlace que contemple toda a educação do Brasil, porquanto o bullying e demais problemas não ocorrem apenas numa região. Assim, necessita-se explicitar que uma solução apresentada desde 2006 ao Poder Legislativo, todavia não implementada, é a presença obrigatória de psicólogos nas instituições de ensino, os quais contribuiriam na prevenção e no tratamento dessas questões.    Infere-se, por fim, que os coordenadores pedagógicos e o corpo docente podem intermediar, por meio de diálogos e dinâmicas de inclusão com relação ao bullying, em cada uma das classes da escola, com o objetivo de dar voz aos alunos e estabelecer um ambiente tolerante às diversidades. Depois disso, os discentes receberão a atividade de elaborar cartazes e textos referente à discussão, dentro de um tempo estipulado. Com o fim do prazo, serão expostas e lidas as obras, visando que cada um vote nas melhores criações da sua turma. Finalmente, as eleitas melhores serão digitalizadas e postadas na internet. Ademais, o Poder Legislativo deve rever, reescreve-lo, caso preciso, e instituir o projeto de lei que determina a presença dos psicólogos nas instituições, conforme o processo legislativo.