Materiais:
Enviada em: 31/05/2019

A obra "Extraordinário" de R.J Palácio, retrata a vida do protagonista Auggie Pullman, um garoto que nasceu com uma deformidade facial, o que o fez passar por 27 cirurgias plásticas e, ao ingressar em uma escola regular, é vítima de constantes comentários maldosos e exclusão. Toda via, o que parecia ser mera ficção em páginas obsoletas de literatura americana, no Brasil hodierno, esta problemática faz-se presente. Assim, torna-se eminente analisar as insuficiências educacionais e sequelas psicológicas.  A priori, é indubitável que a instituição escolar tem o papel de educar o aluno para a convivência no coletivo, nas relações pessoais e profissionais. No entanto, ao analisar os diversos atos de bully na conjuntura educacional, é nítido que esta premissa não é efetuada corretamente. Destarte, a escassez de atividades que visem a inter-relação e respeito às diferenças, ocasiona fortemente nos estudantes a inserção e vulnerabilidade aos diversos atos do bullying e assim, consolida a persistência de tal derrota, que segundo o filósofo Jean-Paul Sartre é o que a violência de qualquer maneira que se manifesta. Além do mais, outro ponto relevante são as sequelas psicológicas ocasionadas na vítima, as quais afetam diretamente a saúde mental e convívio social. Desse modo, convém ressaltar o bulícidio, visto que casos como de Wellington Menezes que em 2011 assassinou 12 crianças em Realego e citou o bully que sofreu como motivação para o crime. É perceptível que tal tragédia evidencia a importância de melhorias no acompanhamento do desenvolvimento da formação do aluno. Assim, estar atento aos sinais e manter um diálogo aberto entre as crianças e os adolescentes são componentes para erradicação do impasse. Portanto, medidas são necessárias para combater este impasse. De acordo com o educador Paulo Freire, a qual sem a educação a sociedade não muda - nesse sentindo, é preciso que o Estado intensifique o investimento na educação, por meio do MEC que deve abrir no currículo escolar aulas que abordem temas e atividades como combate aos preconceitos, respeito as diferenças e cooperação em equipe, afim de promover uma conscientização e solidificação de valores morais. Outrossim, é necessário que Governo em soma ao Ministério da Saúde invista em profissionais como psicólogos nas instituições educacionais, pois assim os alunos poderão adquirir um acompanhamento devido e recorrer ao auxilio do profissional quando houver necessidade. Dessa forma, com estes meios e outros será possível garantir que a cruel realidade do bullying descrita e sofrida por Auggie Pullman, se torne apenas uma mera ficção americana.