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Enviada em: 03/06/2019

Na série espanhola Elite os personagens Christian, Nadia e Samuel são alunos de escola pública que foram transferidos para um colégio particular como parte de um ato para melhorar a imagem do Estado. Entretanto, por não serem de famílias abastadas estes alunos passam a sofrer bullying constantemente e isso é ocultado pelo colégio. Analogamente, o bullying é uma realidade problemática diária no Brasil não só no ambiente escolar, mas também na internet, causando prejuízos para toda a sociedade.    Primeiramente, é notório que o bullying no ambiente escolar é extremamente prejudicial à formação dos estudantes. De acordo com uma pesquisa do estatístico alemão Andreas Schleicher, a falta de investimentos na área da educação torna a relação entre o número de alunos por professor um grande desafio para o profissional. Consoante à esse fato, o bullying praticado nas escolas muitas vezes passa despercebido não só pelos profissionais do local, mas também pela família dos alunos gerando consequências como o baixo desempenho escolar, ansiedade, depressão e transtornos emocionais e psicológicos. Diante disso, é inegável a necessidade de um maior investimento em profissionais da educação e participação da família no ambiente escolar.     Além disso, a ineficiência na fiscalização do bullying na internet somado a dificuldade de se encontrar e identificar o agressor virtual, torna maior o número de pessoas assediadas e de agressores impunes. De acordo com o site G1, em 2017 cerca de 42% dos adolescentes sofreram bullying no Instagram. À vista disso, a rede social passou a utilizar a Inteligência Artificial (IA) para filtrar e moderar comentários e postagens que se enquadrem no algoritmo da IA chamado de "filtro de bullying". Entretanto, comentários que não contenham violência explicita podem passar despercebidos pela IA além de ser necessário não só identificar tais comentários ofensivos, mas também encontrar aqueles que publicam e puni-lós. Logo, é evidente que tal tecnologia é um avanço, mas necessita ser aprimorada.      Portanto, medidas eficientes se fazem necessárias para solucionar o impasse. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação contratar profissionais qualificados, como pedagogos e psicólogos, além de investir nos demais profissionais da educação, para que, juntamente com os alunos e suas famílias, caminhos sejam encontrados para resolver os casos de bullying, através de palestras, reuniões e rodas de conversas. Com isso, as famílias serão mais participativas e os alunos estarão mais preparados para lidar com tais situações. Além disso, visando a identificação e punição dos agressores, cabe ao Estado a contratação de empresas especializadas para aprimorar a Inteligência Artificial, a fim de usa-lá para identificar os agressores fazendo-se cumprir leis e regulamentos existentes sobre bullying no meio físico e virtual. Assim, espera-se que o bullying passe a ser real apenas no mundo da ficção.